Sobe para 39 o número de mortos durante protestos na Venezuela
Agentes de segurança de Venezuela dispersaram hoje com bombas de gás uma manifestação com opositores que estavam na principal autoestrada de Caracas
EFE
Publicado em 10 de maio de 2017 às 19h29.
Caracas - O Ministério Público da Venezuela confirmou nesta quarta-feira a morte do jovem Miguel Castillo, de 27 anos, no setor de Las Mercedes, no leste de Caracas, o que eleva para 39 o número de mortos na onda de protestos dos últimos 40 dias no país.
Agentes das forças de segurança de Venezuela dispersaram hoje com bombas de gás lacrimogêneo uma manifestação com milhares de opositores que estavam na principal autoestrada de Caracas, e que pretendia chegar até a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), no centro da capital.
A Agência Efe constatou que, enquanto os efetivos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) lançavam as bombas de gás e jatos de água para dispersar o protesto, um grupo de manifestantes respondia com pedras e pedaços de excremento, conhecidos como "coquetéis puputov".
Na manifestação, alguns deputados como Juan Requesens, Juan Andrés Mejía e o duas vezes candidato à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, divulgaram vídeos através das redes sociais nos quais mostravam o que classificaram como uma "selvagem repressão".
Em um comunicado anterior, o MP venezuelano também confirmou hoje a morte de Anderson Dugarte, um mototaxista de 32 anos que ficou ferido na cabeça por uma "arma de fogo" na segunda-feira passada em uma manifestação no estado de Mérida.
Com as mortes de Dugarte e Castillo sobe para 39 o número de mortos durante os últimos 40 dias, nos quais uma onda de protestos, a favor e contra o governo do presidente Nicolás Maduro, também deixou centenas de feridos e quase dois mil detidos.