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Síria não se curvará, mesmo se houver Terceira Guerra

"O governo sírio não mudará sua posição. Nenhum sírio pode sacrificar a independência de seu país", ressaltou Moqdad

 Fayçal Moqdad: "Com base na Carta das Nações, a Síria tem o direito de responder a uma agressão sem justificativa e sem base no direito internacional", considerou o vice-ministro sírio das Relações Exteriores (Louai Beshara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 15h46.

Damasco - "O regime sírio não se curvará às ameaças de um ataque ocidental, mesmo se houver uma Terceira Guerra Mundial", afirmou à AFP, nesta quarta-feira, o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad.

"O governo sírio não mudará sua posição. Nenhum sírio pode sacrificar a independência de seu país", ressaltou Moqdad, garantindo que Damasco tomou todas as medidas para reagir a uma agressão externa, no momento em que Estados Unidos e França tentam formar uma coalizão para "punir" o regime sírio pelo suposto uso de armas químicas.

"Não vamos dar informações sobre como a Síria vai responder às agressões. A Síria tomou todas as medidas para reagir e mobiliza seus aliados", como a Rússia e o Irã, garantiu.

"Com base na Carta das Nações, a Síria tem o direito de responder a uma agressão sem justificativa e sem base no direito internacional", considerou Moqdad, acrescentando que seu país "tem o direito de mobilizar seus aliados e receber deles todo o tipo de apoio".

O vice-ministro questionou duramente a política francesa e advertiu para as possíveis consequências regionais de um ataque, principalmente, para o risco do fortalecimento de grupos islamitas, como aconteceu em outros países protagonistas das revoluções árabes que estouraram em 2011.


"Se a França quiser apoiar a Al-Qaeda e a Irmandade Muçulmana, como apoiou no Egito e em outras regiões do mundo, fracassará na Síria", garantiu durante a entrevista concedida na sede do Ministério das Relações Exteriores.

"É vergonhoso que o presidente francês diga: 'Se o Congresso aprovar, vou à guerra, se não aprovar, não vou', como se o governo francês não tivesse mais nada a dizer", afirmou Moqdad.

"Ninguém pode prever a situação na região depois de uma agressão", advertiu, ressaltando que o regime sírio está mobilizando seus aliados e que a posição da Rússia não mudou.

"Irã, Rússia, África do Sul e vários países árabes rejeitaram a agressão e estão dispostos a enfrentar a guerra que será declarada pelos Estados Unidos e seus aliados, incluindo a França, contra a Síria", salientou o vice-ministro.

"A posição da Rússia não mudou. É uma posição responsável de um amigo que está a favor da paz", acrescentou, ao comentar as declarações do presidente russo, Vladimir Putin, feitas em Moscou.

Putin, maior aliado de Bashar al-Assad fora do Oriente Médio, disse nesta quarta que, se ficar comprovado quais armas foram usadas e quem as utilizou, a Rússia "estará disposta a atuar de maneira mais decisiva e séria".

Mas depois, o presidente russo lançou um alerta de que uma aprovação do Congresso americano a um ataque à Síria seria considerada por ele uma agressão.

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Damasco - "O regime sírio não se curvará às ameaças de um ataque ocidental, mesmo se houver uma Terceira Guerra Mundial", afirmou à AFP, nesta quarta-feira, o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad.

"O governo sírio não mudará sua posição. Nenhum sírio pode sacrificar a independência de seu país", ressaltou Moqdad, garantindo que Damasco tomou todas as medidas para reagir a uma agressão externa, no momento em que Estados Unidos e França tentam formar uma coalizão para "punir" o regime sírio pelo suposto uso de armas químicas.

"Não vamos dar informações sobre como a Síria vai responder às agressões. A Síria tomou todas as medidas para reagir e mobiliza seus aliados", como a Rússia e o Irã, garantiu.

"Com base na Carta das Nações, a Síria tem o direito de responder a uma agressão sem justificativa e sem base no direito internacional", considerou Moqdad, acrescentando que seu país "tem o direito de mobilizar seus aliados e receber deles todo o tipo de apoio".

O vice-ministro questionou duramente a política francesa e advertiu para as possíveis consequências regionais de um ataque, principalmente, para o risco do fortalecimento de grupos islamitas, como aconteceu em outros países protagonistas das revoluções árabes que estouraram em 2011.


"Se a França quiser apoiar a Al-Qaeda e a Irmandade Muçulmana, como apoiou no Egito e em outras regiões do mundo, fracassará na Síria", garantiu durante a entrevista concedida na sede do Ministério das Relações Exteriores.

"É vergonhoso que o presidente francês diga: 'Se o Congresso aprovar, vou à guerra, se não aprovar, não vou', como se o governo francês não tivesse mais nada a dizer", afirmou Moqdad.

"Ninguém pode prever a situação na região depois de uma agressão", advertiu, ressaltando que o regime sírio está mobilizando seus aliados e que a posição da Rússia não mudou.

"Irã, Rússia, África do Sul e vários países árabes rejeitaram a agressão e estão dispostos a enfrentar a guerra que será declarada pelos Estados Unidos e seus aliados, incluindo a França, contra a Síria", salientou o vice-ministro.

"A posição da Rússia não mudou. É uma posição responsável de um amigo que está a favor da paz", acrescentou, ao comentar as declarações do presidente russo, Vladimir Putin, feitas em Moscou.

Putin, maior aliado de Bashar al-Assad fora do Oriente Médio, disse nesta quarta que, se ficar comprovado quais armas foram usadas e quem as utilizou, a Rússia "estará disposta a atuar de maneira mais decisiva e séria".

Mas depois, o presidente russo lançou um alerta de que uma aprovação do Congresso americano a um ataque à Síria seria considerada por ele uma agressão.

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