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Síria adere a convenção da ONU sobre armas químicas

Adesão do país ao tratado internacional tornou-se possível depois que o presidente da Síria, Bashar Assad, assinou decreto legislativo

Especialista em armas químicas da ONU em um dos locais do suposto ataque com armas químicas nos subúrbios de Damasco, na Síria (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 20h18.

A Síria aderiu formalmente nesta quinta-feira à convenção da Organização das Nações Unidas ( ONU ) que proíbe o uso de armas químicas. O anúncio foi feito a jornalistas pelo embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari. O diplomata disse que o "instrumento de acesso" foi entregue por ele ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A adesão do país ao tratado internacional tornou-se possível depois que o presidente da Síria, Bashar Assad, assinou decreto legislativo na manhã de hoje em Damasco, disse Jaafari. A convenção exige de seus signatários a destruição de todas as armas químicas.

O porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse que o "secretário-geral recebe com satisfação este acontecimento e, como depositário da convenção, tem defendido" a adesão universal ao documento.

"Dados os recentes eventos, ele espera que as negociações em andamento em Genebra levem a um rápido acordo endossado e assistido pela comunidade internacional", declarou Haq.

Mais cedo, Haq confirmou que a ONU havia recebido e estava traduzindo os documentos do governo da Síria para a adesão do país à convenção internacional contra o uso de armas químicas.

A adesão ocorre no mesmo dia em que os chanceleres dos Estados Unidos e da Rússia iniciaram em Genebra uma rodada de negociações com o objetivo de colocar as armas químicas sírias sob controle internacional e evitar uma intervenção externa em uma guerra civil que dura dois anos e meio e já deixou mais de 100 mil mortos.

Antes do início do encontro entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, Assad declarou-se pronto a colocar as armas químicas do país sob controle internacional, mas observou que poderia levar um mês ou mais para o acordo ser implementado.

Apesar desses desdobramentos, John Kerry rejeitou a sugestão de Assad de começar a entregar as informações sobre seu arsenal de armas químicas um mês depois de assinar a convenção da ONU sobre o tema.

Numa entrevista coletiva conjunta concedida em Genebra ao lado do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, Kerry observou que Assad comentou que o prazo de 30 dias seria padrão. Segundo Kerry, porém, "não existe nenhum padrão nesse processo".

"As palavras do regime sírio, em nosso julgamento, simplesmente não são suficientes", disse o chanceler norte-americano, voltando a acusar Damasco de ter usado armas químicas - o que é negado pelo governo.

Kerry salientou que os Estados Unidos poderiam atacar a Síria se Assad não aceitar o desmantelamento de seu arsenal de armas químicas. "Haverá consequências se isso não acontecer", insistiu.

Ao lado de Kerry, Lavrov disse que o desmantelamento do arsenal "tornará desnecessário qualquer ataque contra a República Árabe Síria".

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A Síria aderiu formalmente nesta quinta-feira à convenção da Organização das Nações Unidas ( ONU ) que proíbe o uso de armas químicas. O anúncio foi feito a jornalistas pelo embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari. O diplomata disse que o "instrumento de acesso" foi entregue por ele ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A adesão do país ao tratado internacional tornou-se possível depois que o presidente da Síria, Bashar Assad, assinou decreto legislativo na manhã de hoje em Damasco, disse Jaafari. A convenção exige de seus signatários a destruição de todas as armas químicas.

O porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse que o "secretário-geral recebe com satisfação este acontecimento e, como depositário da convenção, tem defendido" a adesão universal ao documento.

"Dados os recentes eventos, ele espera que as negociações em andamento em Genebra levem a um rápido acordo endossado e assistido pela comunidade internacional", declarou Haq.

Mais cedo, Haq confirmou que a ONU havia recebido e estava traduzindo os documentos do governo da Síria para a adesão do país à convenção internacional contra o uso de armas químicas.

A adesão ocorre no mesmo dia em que os chanceleres dos Estados Unidos e da Rússia iniciaram em Genebra uma rodada de negociações com o objetivo de colocar as armas químicas sírias sob controle internacional e evitar uma intervenção externa em uma guerra civil que dura dois anos e meio e já deixou mais de 100 mil mortos.

Antes do início do encontro entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, Assad declarou-se pronto a colocar as armas químicas do país sob controle internacional, mas observou que poderia levar um mês ou mais para o acordo ser implementado.

Apesar desses desdobramentos, John Kerry rejeitou a sugestão de Assad de começar a entregar as informações sobre seu arsenal de armas químicas um mês depois de assinar a convenção da ONU sobre o tema.

Numa entrevista coletiva conjunta concedida em Genebra ao lado do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, Kerry observou que Assad comentou que o prazo de 30 dias seria padrão. Segundo Kerry, porém, "não existe nenhum padrão nesse processo".

"As palavras do regime sírio, em nosso julgamento, simplesmente não são suficientes", disse o chanceler norte-americano, voltando a acusar Damasco de ter usado armas químicas - o que é negado pelo governo.

Kerry salientou que os Estados Unidos poderiam atacar a Síria se Assad não aceitar o desmantelamento de seu arsenal de armas químicas. "Haverá consequências se isso não acontecer", insistiu.

Ao lado de Kerry, Lavrov disse que o desmantelamento do arsenal "tornará desnecessário qualquer ataque contra a República Árabe Síria".

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