Síria aceita receber observadores árabes em seu território
Medida pode revisar as sanções econômicas impostas ao regime de Damasco pela Liga Árabe
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 11h51.
Cairo - A Síria assinou nesta segunda-feira o protocolo proposto pela Liga Árabe e aceitou receber equipes de observadores em seu território, uma medida que poderá revisar as sanções econômicas impostas ao regime de Damasco pela organização pan-árabe.
Em uma cerimônia na própria sede da Liga Árabe, o documento foi assinado pelo vice-ministro das Relações Exteriores sírio, Faisal Al Maqdad, e pelo subsecretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli.
Após a assinatura, o secretário-geral da organização pan-árabe, Nabil Al Arabi, disse que 'o documento é o marco jurídico da delegação de observadores da Liga Árabe que serão enviados à Síria para garantir a aplicação do Mapa de Caminho' deste organismo.
'Os observadores também terão a missão de contribuir com a proteção dos civis sírios', acrescentou Al Arabi.
O secretário-geral adiantou que sua organização deverá mandar nos próximos três dias o primeiro grupo de observadores, que será liderado pelo assistente do secretário-geral da Liga Árabe, Samir Saif Al Yazar, e incluirá especialistas em segurança e administração, além de juristas.
Após o envio desta primeira delegação, outro grupo deverá ser formado para cumprir a mesma missão, porém, este contará com especialistas em direitos humanos e jornalistas. Al Arabi ainda destacou que a missão de observadores será integrada por especialistas de todos os países árabes.
Apesar da Liga Árabe ter confirmado que aplicaria duras sanções econômicas ao regime de Damasco no final de novembro caso o protocolo não fosse assinado, como acabou ocorrendo, Al Arabi não fez nenhuma menção em relação ao cancelamento destas punições.
Em paralelo à cerimônia no Cairo, o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Moallem, assegurou em Damasco que as autoridades sírias não teriam aceitado assinar o protocolo se não tivessem levado algumas 'reservas' do regime sírio.
Em entrevista coletiva, Al Moallem afirmou que houve emendas ao documento, apesar da Liga Árabe ter se negado a aceitar as condições impostas por Damasco anteriormente.
'O acordo é o começo de uma cooperação entre Síria e a Liga Árabe, e os observadores que representam o mundo árabe serão bem-vindos', ressaltou.
No entanto, o Ministro das Relações Exteriores advertiu que a vigência do protocolo é de apenas de um mês, 'mas que poderá ser renovada se ambas as partes o aceitarem'.
Al Moallem disse que seu Governo não foi responsável por nenhuma 'estagnação' nas negociações entre a Liga Árabe e Síria, e destacou que alguns países árabes, sem especificar quais, queriam levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU para aumentar a pressão sobre o regime sírio.
No último fim de semana, em Doha, o grupo de contato sobre a Síria do organismo pan-árabe chegou a esboçar um pedido ao Conselho de Segurança da ONU para adotar um plano de ações na Síria, o qual seria discutido em uma reunião com os ministros das Relações Exteriores árabes na próxima quarta-feira, no Cairo.
Mas, com a assinatura do protocolo, Al Arabi anunciou que esta mesma reunião tinha sido cancelada, isso para provar as boas intenções da Liga Árabe em direção à Síria.
Segundo os últimos dados da ONU, desde o mês de março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão dos protestos antigovernamentais na Síria, incluindo 300 menores de idade.
Cairo - A Síria assinou nesta segunda-feira o protocolo proposto pela Liga Árabe e aceitou receber equipes de observadores em seu território, uma medida que poderá revisar as sanções econômicas impostas ao regime de Damasco pela organização pan-árabe.
Em uma cerimônia na própria sede da Liga Árabe, o documento foi assinado pelo vice-ministro das Relações Exteriores sírio, Faisal Al Maqdad, e pelo subsecretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli.
Após a assinatura, o secretário-geral da organização pan-árabe, Nabil Al Arabi, disse que 'o documento é o marco jurídico da delegação de observadores da Liga Árabe que serão enviados à Síria para garantir a aplicação do Mapa de Caminho' deste organismo.
'Os observadores também terão a missão de contribuir com a proteção dos civis sírios', acrescentou Al Arabi.
O secretário-geral adiantou que sua organização deverá mandar nos próximos três dias o primeiro grupo de observadores, que será liderado pelo assistente do secretário-geral da Liga Árabe, Samir Saif Al Yazar, e incluirá especialistas em segurança e administração, além de juristas.
Após o envio desta primeira delegação, outro grupo deverá ser formado para cumprir a mesma missão, porém, este contará com especialistas em direitos humanos e jornalistas. Al Arabi ainda destacou que a missão de observadores será integrada por especialistas de todos os países árabes.
Apesar da Liga Árabe ter confirmado que aplicaria duras sanções econômicas ao regime de Damasco no final de novembro caso o protocolo não fosse assinado, como acabou ocorrendo, Al Arabi não fez nenhuma menção em relação ao cancelamento destas punições.
Em paralelo à cerimônia no Cairo, o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Moallem, assegurou em Damasco que as autoridades sírias não teriam aceitado assinar o protocolo se não tivessem levado algumas 'reservas' do regime sírio.
Em entrevista coletiva, Al Moallem afirmou que houve emendas ao documento, apesar da Liga Árabe ter se negado a aceitar as condições impostas por Damasco anteriormente.
'O acordo é o começo de uma cooperação entre Síria e a Liga Árabe, e os observadores que representam o mundo árabe serão bem-vindos', ressaltou.
No entanto, o Ministro das Relações Exteriores advertiu que a vigência do protocolo é de apenas de um mês, 'mas que poderá ser renovada se ambas as partes o aceitarem'.
Al Moallem disse que seu Governo não foi responsável por nenhuma 'estagnação' nas negociações entre a Liga Árabe e Síria, e destacou que alguns países árabes, sem especificar quais, queriam levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU para aumentar a pressão sobre o regime sírio.
No último fim de semana, em Doha, o grupo de contato sobre a Síria do organismo pan-árabe chegou a esboçar um pedido ao Conselho de Segurança da ONU para adotar um plano de ações na Síria, o qual seria discutido em uma reunião com os ministros das Relações Exteriores árabes na próxima quarta-feira, no Cairo.
Mas, com a assinatura do protocolo, Al Arabi anunciou que esta mesma reunião tinha sido cancelada, isso para provar as boas intenções da Liga Árabe em direção à Síria.
Segundo os últimos dados da ONU, desde o mês de março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão dos protestos antigovernamentais na Síria, incluindo 300 menores de idade.