Mundo

Seul propõe que Pyongyang envie representantes para esclarecer deserções

O governo do sul quer que o regime comunista confirme diretamente se os norte-coreanos, duas mulheres e dois homens, têm a intenção de desertar

Pyongyang tinha exigido que os norte-coreanos transmitissem diretamente a seus familiares sua intenção de desertar (Getty Images)

Pyongyang tinha exigido que os norte-coreanos transmitissem diretamente a seus familiares sua intenção de desertar (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 06h10.

Seul - O Governo de Seul convidou nesta quarta-feira Pyongyang a enviar oficiais à Coreia do Sul para confirmar que quatro norte-coreanos que cruzaram de barco a fronteira entre os países em fevereiro, de forma aparentemente involuntária, querem solicitar asilo no Sul.

Segundo a agência sul-coreana "Yonhap", a proposta pretende que o regime comunista de Pyongyang confirme diretamente que os norte-coreanos, duas mulheres e dois homens, têm a intenção de desertar.

O comando das Nações Unidas, encarregado de supervisionar o armistício com o qual chegou ao fim a Guerra da Coreia (1950-53), já verificou a intenção de deserção dos cidadãos norte-coreanos, segundo um porta-voz da Casa Presidencial sul-coreana.

A mesma fonte indicou que Seul não acederá à reivindicação norte-coreana para que esses cidadãos, que viajavam junto com outras 27 pessoas, encontrem suas famílias durante uma reunião organizada pela Cruz Vermelha dos dois países.

Pyongyang tinha exigido que os norte-coreanos transmitissem diretamente a seus familiares sua intenção de desertar, mas a Coreia do Sul teme que possam ser vítimas de chantagem ou coação.

Os quatro norte-coreanos faziam parte de um grupo de 31 trabalhadores (11 homens e 20 mulheres) que no início de fevereiro chegou à ilha sul-coreana fronteiriça de Yeonpyeong, no Mar Amarelo, supostamente desorientado pelo nevoeiro na região.

Na última sexta-feira, o regime da Coreia do Norte rejeitou o retorno dos outros 27 ocupantes da embarcação, já que reivindica que os 31 passageiros voltem juntos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaComunismoCoreia do SulPolítica

Mais de Mundo

Japão inspeciona base militar dos EUA após vazamento químico

Maduro nega que Venezuela tenha “presos políticos” após crise pós-eleitoral

Trudeau anunciará várias mudanças em seu gabinete, segundo fontes do governo

Trump ameaça UE com tarifas caso não aumente compra de petróleo e gás dos EUA