Atividade manufatureira da China encolhe pelo terceiro mês
Informação mostra que a segunda maior economia do mundo não está imune à turbulência global
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 11h39.
Pequim - A atividade das fábricas da China encolheu pelo terceiro mês seguido em setembro, sugerindo que a segunda maior economia do mundo não está imune aos desafios globais, com aceleração na inflação ao produtor.
O índice HSBC do setor manufatureiro chinês -- que prevê as condições das empresas antes dos dados oficiais de produção -- ficou em 49,9 em setembro, mesma leitura de agosto.
O índice final, divulgado nesta sexta-feira, é maior que a leitura preliminar publicada na semana passada, mas ainda marca o maior período de contração desde a crise financeira global, quando os resultados ficaram abaixo de 50 por oito meses seguidos, a partir de agosto de 2008.
Números abaixo de 50 indicam contração na atividade manufatureira.
O HSBC acredita que uma leitura tão baixa quanto 48 na China signifique crescimento anual de 12 a 13 por cento na produção industrial e expansão de 9 por cento no Produto Interno Bruto (PIB).
"O PMI reforça nossa opinião de que a potencial desaceleração na economia da China deve ser gradual", disseConnie Tse, economista da Forecast em Cingapura.
"O setor comercial sem dúvida enfrenta riscos crescentes, mas a recente força no crescimento da exportação está se mantendo decentemente. A China não está enfrentando colapso da demanda global ainda, como vivenciado em 2009."
Mas analistas do Bank of America-Merrill Lynch disseram em relatório que a China enfrenta alguns riscos sistêmicos, como retração no mercado imobiliário, dívida ruim e afluxo de capital. O alerta fez ampliar os credit default swaps soberanos da China.
Também há preocupação de que, após gastos ostensivos, a China não tenha a flexibilidade fiscal que tinha em 2008 e seja menos capaz de combater a fraqueza econômica mundial -- um fator mencionado pela consultoria Capital Economics.
Demanda Menor
O componente de novas encomendas de exportação na pesquisa do HSBC permaneceu abaixo de 50 pelo quinto mês seguido, enquanto o componente de novas encomendas em geral ficou abaixo desse nível pelo segundo mês.
As exportações chinesas em agosto recuaram após baterem uma máxima recorde e o ritmo de expansão desacelerou após a taxa de 37,7 por cento registrada em janeiro, segundo dados do governo.
O índice oficial do setor manufatureiro chinês, que o governo divulga no sábado, pesquisa mais grandes empresas estatais e geralmente pinta um cenário mais otimista para as fábricas do país que a sondagem do HSBC.
Batalha da inflação
Para o desconforto das autoridades, os dados desta sexta-feira mostraram que os preços de insumos na China subiram rapidamente, o que pode gerar pressão de alta sobre a inflação ao consumidor.
A inflação de insumos na China acelerou de forma acentuada em setembro, com o respectivo commponente subindo de 55,9 em agosto para 59,5 em setembro, a maior leitura dos últimos quatro meses.
Pequim - A atividade das fábricas da China encolheu pelo terceiro mês seguido em setembro, sugerindo que a segunda maior economia do mundo não está imune aos desafios globais, com aceleração na inflação ao produtor.
O índice HSBC do setor manufatureiro chinês -- que prevê as condições das empresas antes dos dados oficiais de produção -- ficou em 49,9 em setembro, mesma leitura de agosto.
O índice final, divulgado nesta sexta-feira, é maior que a leitura preliminar publicada na semana passada, mas ainda marca o maior período de contração desde a crise financeira global, quando os resultados ficaram abaixo de 50 por oito meses seguidos, a partir de agosto de 2008.
Números abaixo de 50 indicam contração na atividade manufatureira.
O HSBC acredita que uma leitura tão baixa quanto 48 na China signifique crescimento anual de 12 a 13 por cento na produção industrial e expansão de 9 por cento no Produto Interno Bruto (PIB).
"O PMI reforça nossa opinião de que a potencial desaceleração na economia da China deve ser gradual", disseConnie Tse, economista da Forecast em Cingapura.
"O setor comercial sem dúvida enfrenta riscos crescentes, mas a recente força no crescimento da exportação está se mantendo decentemente. A China não está enfrentando colapso da demanda global ainda, como vivenciado em 2009."
Mas analistas do Bank of America-Merrill Lynch disseram em relatório que a China enfrenta alguns riscos sistêmicos, como retração no mercado imobiliário, dívida ruim e afluxo de capital. O alerta fez ampliar os credit default swaps soberanos da China.
Também há preocupação de que, após gastos ostensivos, a China não tenha a flexibilidade fiscal que tinha em 2008 e seja menos capaz de combater a fraqueza econômica mundial -- um fator mencionado pela consultoria Capital Economics.
Demanda Menor
O componente de novas encomendas de exportação na pesquisa do HSBC permaneceu abaixo de 50 pelo quinto mês seguido, enquanto o componente de novas encomendas em geral ficou abaixo desse nível pelo segundo mês.
As exportações chinesas em agosto recuaram após baterem uma máxima recorde e o ritmo de expansão desacelerou após a taxa de 37,7 por cento registrada em janeiro, segundo dados do governo.
O índice oficial do setor manufatureiro chinês, que o governo divulga no sábado, pesquisa mais grandes empresas estatais e geralmente pinta um cenário mais otimista para as fábricas do país que a sondagem do HSBC.
Batalha da inflação
Para o desconforto das autoridades, os dados desta sexta-feira mostraram que os preços de insumos na China subiram rapidamente, o que pode gerar pressão de alta sobre a inflação ao consumidor.
A inflação de insumos na China acelerou de forma acentuada em setembro, com o respectivo commponente subindo de 55,9 em agosto para 59,5 em setembro, a maior leitura dos últimos quatro meses.