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Setor comercial grego se deteriorou em 2011 em meio a 'incertezas'

Entidade aponta que setor demitiu 28 mil pessoas no ano devido à crise

Protesto contra o desemprego na Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP)

Protesto contra o desemprego na Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 16h02.

Atenas - A confederação grega de comércio (ESEE) criticou nesta segunda-feira as "incertezas" da economia do país, que "está matando o espírito empreendedor do país".

A afirmação consta no balanço de 2011 apresentado pelo ESEE nesta segunda-feira em Atenas. Segundo o relatório, mais de 28.000 pessoas perderam seu trabalho no setor de comércio (manufaturas, agricultura, mineração, fornecimento de água, gás e eletricidade, entre outros), em um país no qual o desemprego chegou em agosto a 18,4% da população ativa.

A demanda na Grécia foi reduzida em 9% em 2011, após cair 7% em 2010.

Segundo as estimativas da confederação, 60.000 empresas foram fechadas na Grécia desde o início de 2009.

O presidente da ESEE, Vasilis Korkidis, criticou durante a apresentação do relatório "a falta de perspectiva da economia grega", e disse que por conta dela "os consumidores se recusam a gastar dinheiro até mesmo quando lhes sobra".

Presente na conferência, Antonis Samaras, líder do partido conservador Nova Democracia, integrante do governo de coalizão de Lucas Papademos, insistiu na redução dos impostos, em especial nas contribuições patronais, para retomar a atividade.

Samaras criticou os aumentos de impostos efetuados nos dois últimos anos em troca da ajuda externa da UE e do Fundo Monetário Internacional, que segundo ele "não facilitam a luta contra a evasão fiscal", mas sim a favorecem.

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