Mundo

Serviço secreto alemão nega espionar EUA

Diretor do serviço de inteligência exterior alemão negou declarações de americano, que disse que a Alemanha espiona os EUA em território americano


	Espionagem: "não são realizadas operações de vigilância das telecomunicações a partir da embaixada alemã em Washington", disse diretor do BND
 (REUTERS/Pawel Kopczynski)

Espionagem: "não são realizadas operações de vigilância das telecomunicações a partir da embaixada alemã em Washington", disse diretor do BND (REUTERS/Pawel Kopczynski)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 10h01.

Berlim - O diretor do serviço de inteligência exterior alemão BND, Gerhard Schindler, negou nesta quarta-feira no semanário Die Zeit as declarações de seu colega americano, que afirmou que a Alemanha espiona os Estados Unidos em território americano.

"Não são realizadas operações de vigilância das telecomunicações a partir da embaixada alemã em Washington", afirmou o diretor do BND na edição on-line do Die Zeit.

O diretor nacional da inteligência americana, James Clapper, e o diretor da Agência de Segurança Nacional americana (NSA), o general Keith Alexander, indicaram na terça-feira no Congresso que países aliados realizam ou realizavam atividades de espionagem contra os Estados Unidos.

Uma delegação da chancelaria e dos serviços secretos alemães se reunirá nesta quarta-feira em Washington com representantes do governo dos Estados Unidos após as revelações de espionagem das comunicações telefônicas da chanceler Angela Merkel, segundo a imprensa alemã.

O governo de Berlim espera concluir no médio prazo um acordo com os Estados Unidos, através do qual os americanos se comprometam a não espionar o governo ou representações diplomáticas alemãs, segundo a mesma fonte.

Os Estados Unidos negaram categoricamente na terça-feira as revelações do jornal francês Le Monde, do jornal El Mundo e do italiano L'Espresso sobre a interceptação das comunicações dos cidadãos europeus pela NSA.

O Le Monde e o El Mundo informaram nos últimos dias, com base em documentos fornecidos pelo ex-consultor da NSA Edward Snowden, que a agência americana havia espionado mais de 70 milhões de chamadas telefônicas na França e 60 milhões na Espanha no período de um mês.

O diretor da NSA também confirmou as revelações do jornal The Wall Street Journal segundo as quais as interceptações telefônicas praticadas nestes países e atribuídas ao organismo que dirige foram realizadas pelos serviços secretos europeus e depois fornecidas à agência americana.

O ex-consultor da NSA, Edward Snowden, já havia afirmado em uma entrevista publicada em julho pelo Der Spiegel que os agentes da NSA "trabalhavam lado a lado com os alemães e com a maioria dos Estados ocidentais".

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEspionagemEstados Unidos (EUA)EuropaNSAPaíses ricos

Mais de Mundo

Campanha de Biden ignora críticas e afirma que ele voltará à estrada em breve

Jovens da Venezuela se preparam para sua primeira eleição

Trump retoma campanha contra um Biden enfraquecido

Programa espacial soviético colecionou pioneirismos e heróis e foi abalado por disputas internas

Mais na Exame