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Senadora filipina chama Duterte de assassino e pede sua saída

Segundo ela, "devido a sua mente criminosa, ele é incapaz de cumprir com seus deveres como presidente"

Leila de Lima: a senadora também pediu aos cidadãos filipinos que se rebelassem contra seu chefe de Estado (Romeo Ranoco/Reuters)

Leila de Lima: a senadora também pediu aos cidadãos filipinos que se rebelassem contra seu chefe de Estado (Romeo Ranoco/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 08h43.

Manila - A senadora das Filipinas Leila de Lima, uma das maiores opositoras ao governo de Rodrigo Duterte, qualificou nesta terça-feira o presidente como "um assassino em série" e pediu ao Conselho de Ministros que o declare "inapto" para dirigir o país.

"Os senhores podem salvar este país de um presidente criminoso declarando que, devido a sua mente criminosa, ele é incapaz de cumprir com seus deveres como presidente", solicitou a senadora ao Gabinete de Duterte em uma entrevista coletiva em Manila transmitida ao vivo através das redes sociais.

A senadora realizou essa chamada pelo fato de o ex-policial Arturo Lascañas ter acusado ontem Duterte de ativar os chamados "esquadrões da morte" e de ter contratado assassinos de aluguel para matar delinquentes e opositores quando era prefeito da cidade Davao.

"Após as confissões de Lascañas, já não há dúvida que Duterte é um sociopata e um assassino em série", garantiu Leila de Lima, que mantém uma guerra aberta com o governo e é acusada de ter recebido propina em um caso que o Ministério da Justiça levou aos tribunais.

A senadora também pediu aos cidadãos filipinos que se rebelassem contra seu chefe de Estado.

"Somos uma nação de heróis, demonstremos nossa coragem. Chegou o momento de enfrentar um criminoso, um ditador e um regime opressivo", afirmou Leila de Lima, em uma aparente referência à revolução popular que depôs do poder o autocrata Ferdinand Marcos em 1986.

Em seu ataque a Duterte a senadora mencionou não só os mais de mil mortos pelas mãos dos "esquadrões da morte" de Davao, mas, principalmente, as mais de 7 mil execuções extrajudiciais ocorridas nos sete primeiros meses da "guerra contra as drogas" iniciada pelo presidente.

Leila de Lima denunciou que a campanha antidrogas deixou mais mortos que a etapa na qual o ditador Marcos declarou a lei marcial (1972-81) e assegurou que Duterte é o maior criminoso, não só das Filipinas, mas do mundo neste momento.

Precisamente esta semana, começaram as diligências sobre o caso contra a senadora, acusada de ter recebido grandes somas de dinheiro de narcotraficantes reclusos na prisão durante sua etapa como secretária de Justiça.

Leila de Lima, que conta com o apoio da organização Human Rights Watch, reiterou hoje que a acusação é falsa e a atribuiu a uma tentativa de Duterte de silenciar seus críticos.

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