Senado começará debate sobre ação na Síria na próxima semana
Obama anunciou neste sábado a decisão de atacar a Síria mas esclareceu que buscará a autorização do Congresso, o que afasta a perspectiva de uma ação iminente
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2013 às 12h06.
Washington - O Senado dos Estados Unidos começará na próxima semana os debates sobre a autorização solicitada pelo presidente Barack Obama para realizar uma intervenção militar na Síria, anunciou neste sábado o senador Harry Reid, líder da bancada do Partido Democrata.
O Congresso, que está em recesso pelas férias de verão, vai voltar aos trabalhos a partir de 9 de setembro, mas o Senado vai realizar audiências e sessões informativas sobre o tema da Síria a partir da próxima semana, de acordo com Reid.
'É hora de o Congresso debater e votar sobre se as ações atrozes da Síria devem ser respondidas com um uso limitado de força militar americana', disse o senador em comunicado.
De acordo com Reid, o uso de força militar contra a Síria 'é justificado e necessário', e os Estados Unidos têm 'uma obrigação moral' quanto à aplicação das leis internacionais que proíbem o uso de armas químicas.
Reid explicou que falou com o presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, o também democrata Bob Menéndez, e que chegaram a um acordo para que o comitê faça audiências sobre o caso da Síria com funcionários do governo a partir da próxima semana.
Segundo um comunicado do gabinete de Menéndez, a primeira audiência acontecerá na terça-feira, já que é feriado na segunda-feira pela celebração do Dia do Trabalho nos EUA.
O propósito de Reid é que o plenário do Senado vote uma resolução para autorizar Obama a usar a força contra a Síria, no máximo, na semana do dia 9 de setembro.
A Câmara dos Representantes, com maioria republicana, também espera começar a discutir a autorização a partir do dia 9 de setembro, disseram hoje seus líderes, entre eles o presidente da casa, John Boehner.
Obama anunciou neste sábado a decisão de atacar a Síria em represália pelo uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad, algo que considera como provado, mas esclareceu que buscará a autorização do Congresso, o que afasta a perspectiva de uma ação iminente.
De acordo com funcionários da Casa Branca, Obama tinha decidido em princípio fazer a ação militar sem a autorização do Congresso, mas na última hora, na noite da sexta-feira, mudou de opinião após longas discussões com sua equipe de segurança nacional.
'Estamos preparados para atacar quando decidirmos', advertiu Obama, que considera que está comprovado que o regime do presidente Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas no dia 21 de agosto na periferia de Damasco.
O presidente disse estar disposto a dar a 'ordem' de ataque e afirmou que a operação militar pode acontecer assim que quiser, pois as Forças Armadas estão preparadas.
Mas também declarou: 'tenho consciência que sou o presidente da democracia constitucional mais antiga do mundo. Apesar de acreditar que tenho a autoridade para realizar esta ação militar sem uma autorização específica do Congresso, sei que o país será mais forte se tomarmos essa medida e nossas ações serão, inclusive, mais eficazes'. EFE
Washington - O Senado dos Estados Unidos começará na próxima semana os debates sobre a autorização solicitada pelo presidente Barack Obama para realizar uma intervenção militar na Síria, anunciou neste sábado o senador Harry Reid, líder da bancada do Partido Democrata.
O Congresso, que está em recesso pelas férias de verão, vai voltar aos trabalhos a partir de 9 de setembro, mas o Senado vai realizar audiências e sessões informativas sobre o tema da Síria a partir da próxima semana, de acordo com Reid.
'É hora de o Congresso debater e votar sobre se as ações atrozes da Síria devem ser respondidas com um uso limitado de força militar americana', disse o senador em comunicado.
De acordo com Reid, o uso de força militar contra a Síria 'é justificado e necessário', e os Estados Unidos têm 'uma obrigação moral' quanto à aplicação das leis internacionais que proíbem o uso de armas químicas.
Reid explicou que falou com o presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, o também democrata Bob Menéndez, e que chegaram a um acordo para que o comitê faça audiências sobre o caso da Síria com funcionários do governo a partir da próxima semana.
Segundo um comunicado do gabinete de Menéndez, a primeira audiência acontecerá na terça-feira, já que é feriado na segunda-feira pela celebração do Dia do Trabalho nos EUA.
O propósito de Reid é que o plenário do Senado vote uma resolução para autorizar Obama a usar a força contra a Síria, no máximo, na semana do dia 9 de setembro.
A Câmara dos Representantes, com maioria republicana, também espera começar a discutir a autorização a partir do dia 9 de setembro, disseram hoje seus líderes, entre eles o presidente da casa, John Boehner.
Obama anunciou neste sábado a decisão de atacar a Síria em represália pelo uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad, algo que considera como provado, mas esclareceu que buscará a autorização do Congresso, o que afasta a perspectiva de uma ação iminente.
De acordo com funcionários da Casa Branca, Obama tinha decidido em princípio fazer a ação militar sem a autorização do Congresso, mas na última hora, na noite da sexta-feira, mudou de opinião após longas discussões com sua equipe de segurança nacional.
'Estamos preparados para atacar quando decidirmos', advertiu Obama, que considera que está comprovado que o regime do presidente Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas no dia 21 de agosto na periferia de Damasco.
O presidente disse estar disposto a dar a 'ordem' de ataque e afirmou que a operação militar pode acontecer assim que quiser, pois as Forças Armadas estão preparadas.
Mas também declarou: 'tenho consciência que sou o presidente da democracia constitucional mais antiga do mundo. Apesar de acreditar que tenho a autoridade para realizar esta ação militar sem uma autorização específica do Congresso, sei que o país será mais forte se tomarmos essa medida e nossas ações serão, inclusive, mais eficazes'. EFE