Esta é a segunda vitória de Biden no Senado desde que ele assumiu o cargo de presidente no dia 20 de janeiro (Omar Chatriwala/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de agosto de 2021 às 13h26.
Última atualização em 10 de agosto de 2021 às 13h46.
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, 10, o pacote de infraestrutura bipartidário de US$ 1,2 trilhão proposto pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Foram 69 votos a favor e 30 contra. O texto vai ser encaminhado agora para a Câmara dos Representantes.
Resultado de uma articulação da Casa Branca com parlamentares democratas e republicanos, o projeto prevê cerca de US$ 550 bilhões em novos gastos. Os investimentos em pontes, estradas, ferrovias, rede elétrica, banda larga e outras obras públicas serão realizados ao longo dos próximos anos no país.
Durante o final de semana, os senadores propuseram emendas e deram o sinal verde para que a tramitação do pacote avançasse, o que culminou na votação final realizada nesta terça pelo plenário. Além de todos os senadores democratas, 19 republicanos votaram a favor do projeto, incluindo Mitch McConnell, líder da oposição na casa.
"O objetivo é revitalizar nossa infraestrutura física e dar a empresas e trabalhadores as ferramentas para trabalhar no século 21", afirmou o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, durante um discurso no plenário.
Esta é a segunda vitória de Biden no Senado desde que ele assumiu o cargo de presidente no dia 20 de janeiro. Em março, os senadores aprovaram um pacote fiscal de emergência no total de US$ 1,9 trilhão que previa o envio de cheques às famílias e recursos para que as escolas organizassem uma reabertura segura após o impacto da pandemia de covid-19.
A proposta aprovada em março, contudo, não contou com apoio dos republicanos. O Partido Democrata precisou usar o dispositivo orçamentário chamado de "reconciliação" para evitar obstruções e passar o texto por maioria simples.
O partido de Biden tem 50 dos 100 assentos do Senado, mas conta com o voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris, que acumula a função de presidente da casa.
Os democratas pretendem usar a "reconciliação" novamente para aprovar o próximo item da agenda econômica de Biden: um pacote de investimentos sociais de US$ 3,5 trilhões, com foco em saúde, educação e mudança climática.