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Senado da França aprova voto de estrangeiros nas eleições locais

O texto foi aprovado com 173 votos a favor e 166 contra, e deverá voltar a ser examinado pela Assembleia Nacional

O líder do Partido Socialista no Senado, François Rebsamen, atacou o discurso de Fillon e considerou que o primeiro-ministro 'põe a sociedade em tensão'. (Jasper Juinen/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 21h26.

Paris - O Senado da França aprovou nesta quinta-feira o voto dos estrangeiros nas eleições locais, com o apoio da oposição de esquerda e dos ecologistas, em uma sessão na qual os partidos do Governo e da oposição manifestaram suas profundas diferenças sobre a questão.

O texto foi aprovado com 173 votos a favor e 166 contra, e deverá voltar a ser examinado pela Assembleia Nacional, mas a aprovação de hoje antecipou as posições dos partidos.

Passados 12 anos desde que a Assembleia Nacional aprovou o texto original, depois que a esquerda conseguiu pela primeira vez a maioria no Senado e a menos de seis meses das próximas eleições presidenciais, o debate se desenvolveu em um ambiente de acusações entre partidos.

Para defender a postura dos conservadores, o primeiro-ministro francês, François Fillon, abriu a sessão e afirmou que 'a nacionalidade francesa e a cidadania são indissociáveis', ressaltando que outorgar o direito de voto aos estrangeiros não-comunitários 'solapa os fundamentos' da República.

Fillon, que defendeu 'uma nação de integração' em vez de 'uma nação mosaico', perguntou aos senadores se eles acreditavam que o direito de votar representa automaticamente a integração dos estrangeiros.

Segundo o primeiro-ministro, o fato de os estrangeiros de países da União Europeia (UE) poderem votar na França tem um caráter recíproco e responde à 'emergência de uma cidadania europeia'.

O líder do Partido Socialista no Senado, François Rebsamen, atacou o discurso de Fillon e considerou que o primeiro-ministro 'põe a sociedade em tensão'.


A ecologista Eva Joly declarou ser 'fundamental' que cidadãos que não têm nacionalidade francesa, mas que vivem junto aos franceses 'há, em alguns casos, 30 anos, que têm filhos franceses, que trabalham e pagam impostos' possam 'participar das eleições locais'.

Enquanto isso, a ultradireitista Marine Le Pen, cujo partido, a Frente Nacional, não está representado no Senado, se manifestou contra a ampliação do direito de voto aos estrangeiros não-comunitários.

Segundo uma pesquisa publicada recentemente pelo instituto demográfico BVA, 61% dos franceses são favoráveis à iniciativa aprovada pelo Senado. EFE

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Passados 12 anos desde que a Assembleia Nacional aprovou o texto original, depois que a esquerda conseguiu pela primeira vez a maioria no Senado e a menos de seis meses das próximas eleições presidenciais, o debate se desenvolveu em um ambiente de acusações entre partidos.

Para defender a postura dos conservadores, o primeiro-ministro francês, François Fillon, abriu a sessão e afirmou que 'a nacionalidade francesa e a cidadania são indissociáveis', ressaltando que outorgar o direito de voto aos estrangeiros não-comunitários 'solapa os fundamentos' da República.

Fillon, que defendeu 'uma nação de integração' em vez de 'uma nação mosaico', perguntou aos senadores se eles acreditavam que o direito de votar representa automaticamente a integração dos estrangeiros.

Segundo o primeiro-ministro, o fato de os estrangeiros de países da União Europeia (UE) poderem votar na França tem um caráter recíproco e responde à 'emergência de uma cidadania europeia'.

O líder do Partido Socialista no Senado, François Rebsamen, atacou o discurso de Fillon e considerou que o primeiro-ministro 'põe a sociedade em tensão'.


A ecologista Eva Joly declarou ser 'fundamental' que cidadãos que não têm nacionalidade francesa, mas que vivem junto aos franceses 'há, em alguns casos, 30 anos, que têm filhos franceses, que trabalham e pagam impostos' possam 'participar das eleições locais'.

Enquanto isso, a ultradireitista Marine Le Pen, cujo partido, a Frente Nacional, não está representado no Senado, se manifestou contra a ampliação do direito de voto aos estrangeiros não-comunitários.

Segundo uma pesquisa publicada recentemente pelo instituto demográfico BVA, 61% dos franceses são favoráveis à iniciativa aprovada pelo Senado. EFE

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