Semana chave pode ajudar a aumentar confiança no euro e na economia espanhola
Semana será permeada por acontecimentos cruciais para o futuro do euro e que podem determinar, enfim, a superação da crise econômica no bloco
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2012 às 15h44.
Bruxelas - O pedido formal da ajuda aos bancos da Espanha e a realização da cúpula de chefes de Estado e do Governo nas próximas quinta e sexta-feira em Bruxelas marcam uma semana crucial para o futuro do euro, na qual espera-se o começo de uma real aposta no crescimento para que a crise dos últimos anos seja finalmente superada.
A linha de crédito para recapitalização dos bancos espanhóis, o debate sobre a união bancária e fiscal, e a criação de um fundo de 130 bilhões de euros - equivalente a 1% do PIB da União Europeia - destinado a estimular o crescimento econômico na UE marcarão as pautas na cúpula na próxima semana.
Trata-se de uma estratégia destinada a compatibilizar a disciplina fiscal com a revitalização da economia a partir de fortes investimentos.
As recomendações para a suavização das medidas de economia e recapitalização direta aos bancos, feitas na última quinta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e a flexibilização das condições do Banco Central Europeu (BCE) para facilitar a injeção de capital parecem razões de peso para que a Alemanha ceda um pouco em sua ferrenha aposta pela austeridade.
O presidente da França, François Hollande, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, e o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, se reuniram na sexta-feira em Roma para acertar os últimos detalhes da cúpula europeia.
Após esse encontro, os quatro governantes mostraram uma disposição mais integradora, que contrasta com a época 'Merkozy', referente à dupla formada pela chanceler alemã e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que se reuniam para preparar as cúpulas europeias.
Para começar a semana, nesta segunda-feira a Espanha enviará sua solicitação formal para a ajuda aos bancos, como anunciou na sexta, em Luxemburgo, o ministro de Economia do país, Luis de Guindos.
Durante o Conselho de ministros de Finanças da UE (Ecofin), de Guindos insistiu para que a recapitalização dos bancos seja direta - uma possibilidade também pedida pelo FMI.
Nesse contexto, nos últimos dias foram adotadas algumas medidas pouco frequentes e encorajadoras para o crescimento econômico, como a facilitação pelo Banco Central Europeu da destinação de recursos aos bancos da zona do euro, com o objetivo de fomentar o crédito à economia real.
Essa notícia, somada ao otimismo nos mercados sobre a perspectiva de que sejam resolvidas as dificuldades dos bancos espanhóis, fez com que o prêmio de risco da dívida da Espanha registrasse na própria sexta-feira a maior queda semanal do ano.
Este diferencial de risco espanhol (medido pela diferença de rentabilidade com o bônus alemão a dez anos) caiu para 480 pontos básicos, o nível mais baixo nas últimas duas semanas. Além disso, o índice da bolsa de Madri, o Ibex-35, subiu na sexta-feira 1,59%, para quase 6.900 pontos.
A princípio, a Espanha espera que o empréstimo europeu para a recapitalização de seus bancos se movimente em parâmetros similares aos de outros países, com um prazo longo de mais de 15 anos, um período de carência de 5 a 10 anos e taxa de juros entre 3% e 4%. EFE
lmi/id
Bruxelas - O pedido formal da ajuda aos bancos da Espanha e a realização da cúpula de chefes de Estado e do Governo nas próximas quinta e sexta-feira em Bruxelas marcam uma semana crucial para o futuro do euro, na qual espera-se o começo de uma real aposta no crescimento para que a crise dos últimos anos seja finalmente superada.
A linha de crédito para recapitalização dos bancos espanhóis, o debate sobre a união bancária e fiscal, e a criação de um fundo de 130 bilhões de euros - equivalente a 1% do PIB da União Europeia - destinado a estimular o crescimento econômico na UE marcarão as pautas na cúpula na próxima semana.
Trata-se de uma estratégia destinada a compatibilizar a disciplina fiscal com a revitalização da economia a partir de fortes investimentos.
As recomendações para a suavização das medidas de economia e recapitalização direta aos bancos, feitas na última quinta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e a flexibilização das condições do Banco Central Europeu (BCE) para facilitar a injeção de capital parecem razões de peso para que a Alemanha ceda um pouco em sua ferrenha aposta pela austeridade.
O presidente da França, François Hollande, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, e o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, se reuniram na sexta-feira em Roma para acertar os últimos detalhes da cúpula europeia.
Após esse encontro, os quatro governantes mostraram uma disposição mais integradora, que contrasta com a época 'Merkozy', referente à dupla formada pela chanceler alemã e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que se reuniam para preparar as cúpulas europeias.
Para começar a semana, nesta segunda-feira a Espanha enviará sua solicitação formal para a ajuda aos bancos, como anunciou na sexta, em Luxemburgo, o ministro de Economia do país, Luis de Guindos.
Durante o Conselho de ministros de Finanças da UE (Ecofin), de Guindos insistiu para que a recapitalização dos bancos seja direta - uma possibilidade também pedida pelo FMI.
Nesse contexto, nos últimos dias foram adotadas algumas medidas pouco frequentes e encorajadoras para o crescimento econômico, como a facilitação pelo Banco Central Europeu da destinação de recursos aos bancos da zona do euro, com o objetivo de fomentar o crédito à economia real.
Essa notícia, somada ao otimismo nos mercados sobre a perspectiva de que sejam resolvidas as dificuldades dos bancos espanhóis, fez com que o prêmio de risco da dívida da Espanha registrasse na própria sexta-feira a maior queda semanal do ano.
Este diferencial de risco espanhol (medido pela diferença de rentabilidade com o bônus alemão a dez anos) caiu para 480 pontos básicos, o nível mais baixo nas últimas duas semanas. Além disso, o índice da bolsa de Madri, o Ibex-35, subiu na sexta-feira 1,59%, para quase 6.900 pontos.
A princípio, a Espanha espera que o empréstimo europeu para a recapitalização de seus bancos se movimente em parâmetros similares aos de outros países, com um prazo longo de mais de 15 anos, um período de carência de 5 a 10 anos e taxa de juros entre 3% e 4%. EFE
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