Mundo

Seleção paraolímpica do Afeganistão não vai competir em Tóquio

Chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão afirmou que atletas não irão ao Japão para participarem dos Jogos, que acontecem entre 24 de agosto e 5 de setembro

Comitê Paralímpico Afegão afirmou que atletas não irão ao Japão. (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Comitê Paralímpico Afegão afirmou que atletas não irão ao Japão. (Kai Pfaffenbach/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 21h18.

Zakia Khudadadi teria sido a primeira mulher a representar o Afeganistão em uma Paralimpíada quando esta começar em Tóquio neste mês, mas seu sonho foi destruído pelo caos que sacode o país.

Radicado em Londres, o chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão, Arian Sadiqi, disse à Reuters nesta segunda-feira (16) que os dois atletas de sua nação não poderão comparecer aos Jogos, que se iniciam no dia 24 de agosto.

“Infelizmente, devido à comoção que ocorre no momento no Afeganistão, a equipe não conseguiu partir de Cabul a tempo”, declarou.

Forças dos Estados Unidos assumiram o controle do tráfego aéreo no aeroporto de Cabul, onde cinco pessoas morreram nesta segunda-feira em meio a cenas caóticas de disparos para o alto e pisoteamento.

Insurgentes do Talibã dominaram grandes cidades e agora comandam a maior parte do Afeganistão.

Sadiqi disse que deveria voar para o Japão nesta segunda-feira, e a equipe formada pela lutadora de taekwondo Khudadadi e pelo praticante de atletismo Hossain Rasouli deveria chegar no dia 17 de agosto.

Khudadadi foi destaque do site da Paralimpíada na semana passada falando de suas esperanças para os Jogos.

“Fiquei empolgada após receber a notícia de que recebi um convite para competir nos Jogos. Esta é a primeira vez que uma atleta feminina representará o Afeganistão nos Jogos, e estou muito feliz”, disse na ocasião a esportista de 23 anos, de Herat.

Sadiqi afirmou que os atletas estavam tentando conseguir voos, mas que os preços dispararam enquanto o Taliban tomava uma série de cidades, e depois a viagem se tornou impossível.

Fique por dentro das principais análises econômicas. Assine a EXAME

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoOlimpíada 2021OlimpíadasTalibãTóquio

Mais de Mundo

Em autobiografia, Angela Merkel descreve Trump como alguém 'fascinado' por autocratas

Equador lida com tráfico, apagões e baixo crescimento antes de novas eleições

Chanceler diz que mandado de prisão de Netanyahu é “ataque” e ministro chama ação de "antissemita"

Acordo UE-Mercosul: Alemanha faz novos gestos para defender acordo, e França tenta barrar