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Sede da Copa de 2022, Catar regulará trabalho de imigrantes

Pressão sobre o país árabe cresceu depois que o jornal The Guardian noticiou que trabalhadores de construção vindos do Nepal haviam morrido no trabalho

Catar proibirá obras ao ar livre no calor do verão, após críticas ao tratamento dos trabalhadores estrangeiros no país, (Marwan Naamani/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2014 às 15h12.

Doha - O governo do Catar aprovou medidas para melhorar o tratamento aos trabalhadores estrangeiros no país, após o país ser criticado no último ano, enquanto o país prepara-se para sediar a Copa do Mundo de 2022.

As medidas foram anunciadas pelo ministro do Trabalho e Assuntos Sociais Abdullah Saleh Mubarak al-Khulaifi neste domingo. Entre as medidas há uma exigência de que empresas estabeleçam contas bancárias para seus funcionários e realizem seus pagamentos eletronicamente. Outra proíbe trabalhos ao ar livre no calor do verão.

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Entretanto, o governo ainda está considerando os planos para substituir uma controversa lei de patrocínio no país árabe, que tem 2,2 milhões de habitantes.  "Sabemos que há muito a fazer, mas estamos progredindo", disse al-Khulaifi em um comunicado.

A pressão em cima do governo de Doha começou a crescer depois que o jornal britânico The Guardian noticiou que dezenas de trabalhadores de construção vindos do Nepal haviam morrido no trabalho, e que funcionários não recebiam quantidades suficientes de água e comida.

Autoridades do Catar e do Nepal negaram as informações.  O Catar tem a maior proporção de trabalhadores imigrantes do mundo. A população do país membro da OPEP subiu 9 por cento no primeiro trimestre, quando o país contratou milhares de estrangeiros para trabalharem nos projetos de infraestrutura relacionados à Copa do Mundo.

As medidas estabelecem que empresas paguem seus funcionários em até sete dias depois da data estabelecida, podendo enfrentar uma sanção caso isso não seja cumprido.

O governo não informou qual seria a punição. Trabalhos ao ar livre entre as 11h30 e as 15h00 nos meses quentes de inverno, de junho ao final de agosto, também estão proibidos.

O governo também aceitou lançar um sistema eletrônico para reclamações, e está construindo alojamentos para acomodar até 150 mil trabalhadores.  O comunicado não deixou claro quando o governo adotaria as medidas ou quando elas seriam implementadas.

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