Exame Logo

Secretário geral da Rio-92 diz que acordos não foram cumpridos

Maurice Strong participou de cerimônia comemorativa dos 20 anos da conferência junto com o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 23h01.

São Paulo - Aos 83 anos de idade, o secretário-geral da Rio 92, Maurice Strong, foi categórico ao afirmar que os acordos obtidos há 20 anos não foram implementados. Ao lado do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello para receber uma homenagem promovida no Riocentro, o diplomata canadense deixou de lado a retórica de nostalgia e não poupou nem mesmo seu próprio país, que abandonou o Protocolo de Kyoto em 2010.

"Não há muito o que celebrar. Temo que estejamos mais longe do curso de ação hoje do que estávamos 20 anos atrás", avaliou. Para ele, as falhas na implementação dos acordos, como transferência de tecnologia e financiamento, refletiram em um aumento na diferença entre países ricos e pobres. Strong celebrou a liderança brasileira e afirmou que a Rio+20 não trata apenas do meio ambiente, mas sim da "sobrevivência" da humanidade. "Quando você está dirigindo, você não olha no retrovisor porque você quer ir para trás, você olha para seguir em frente", afirmou.

Já Collor — que na época da Rio 92 já enfrentava as denúncias na CPI do Congresso que levariam ao processo de impeachment e na sua consequente renúncia — lembrou os esforços dos embaixadores como Celso Lafer e Marcos Azambuja durante a conferência e a dedicação das Forças Armadas para a realização da cúpula. Antes de receber os afagos de Strong, que o chamou de "chefe", o ex-presidente afirmou que os princípios do Rio não devem ser esquecidos na Rio+20 e pediu para que fosse incluído na declaração oficial da conferência o princípio da não regressão, segundo o qual os países se comprometem a não voltar atrás em relação ao que já foi acordado.

"O maior tributo que podemos pagar à conferência de 20 anos passados é manter o espírito do Rio vivo", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que conduziu as homenagens. O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, e a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, também participaram da cerimônia, realizada em uma das salas de plenário do Riocentro.

Veja também

São Paulo - Aos 83 anos de idade, o secretário-geral da Rio 92, Maurice Strong, foi categórico ao afirmar que os acordos obtidos há 20 anos não foram implementados. Ao lado do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello para receber uma homenagem promovida no Riocentro, o diplomata canadense deixou de lado a retórica de nostalgia e não poupou nem mesmo seu próprio país, que abandonou o Protocolo de Kyoto em 2010.

"Não há muito o que celebrar. Temo que estejamos mais longe do curso de ação hoje do que estávamos 20 anos atrás", avaliou. Para ele, as falhas na implementação dos acordos, como transferência de tecnologia e financiamento, refletiram em um aumento na diferença entre países ricos e pobres. Strong celebrou a liderança brasileira e afirmou que a Rio+20 não trata apenas do meio ambiente, mas sim da "sobrevivência" da humanidade. "Quando você está dirigindo, você não olha no retrovisor porque você quer ir para trás, você olha para seguir em frente", afirmou.

Já Collor — que na época da Rio 92 já enfrentava as denúncias na CPI do Congresso que levariam ao processo de impeachment e na sua consequente renúncia — lembrou os esforços dos embaixadores como Celso Lafer e Marcos Azambuja durante a conferência e a dedicação das Forças Armadas para a realização da cúpula. Antes de receber os afagos de Strong, que o chamou de "chefe", o ex-presidente afirmou que os princípios do Rio não devem ser esquecidos na Rio+20 e pediu para que fosse incluído na declaração oficial da conferência o princípio da não regressão, segundo o qual os países se comprometem a não voltar atrás em relação ao que já foi acordado.

"O maior tributo que podemos pagar à conferência de 20 anos passados é manter o espírito do Rio vivo", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que conduziu as homenagens. O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, e a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, também participaram da cerimônia, realizada em uma das salas de plenário do Riocentro.

Acompanhe tudo sobre:Preservação ambientalRio+20Sustentabilidade

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame