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Secretário de Estado dos EUA pressiona a China sobre Hong Kong e Xinjiang

Em telefonema ao principal diplomata da China, secretário de Estado Anthony Blinken reforçou a mensagem de defesa contra abusos dos direitos humanos

Anthony Blinken: os Estados Unidos defenderão os direitos humanos e os valores democráticos em Xinjiang, Tibete e Hong Kong (Jim Lo Scalzo/EPA/Bloomberg/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 16h39.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2021 às 16h42.

O secretário de Estado americano Antony Blinken afirmou ao principal diplomata da China , Yang Jiechi, em uma ligação telefônica na sexta-feira, que os Estados Unidos defenderão os direitos humanos e os valores democráticos em Xinjiang, Tibete e Hong Kong, segundo o Departamento de Estado.

Blinken também pressionou a China a condenar o golpe militar em Mianmar e reafirmou que Washington trabalhará com aliados para responsabilizar a China pelas suas tentativas de ameaçar a estabilidade da região do Indo-Pacífico, incluindo o Estreito de Taiwan, disse o órgão de governo em um comunicado.

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Yang disse a Blinken que os Estados Unidos deveriam “corrigir” seus erros recentes e que os dois lados precisam respeitar os sistemas políticos e os caminhos de desenvolvimento uns dos outros, segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores da China.

A relação entre as duas maiores economias do mundo chegou ao ponto mais crítico em décadas durante a presidência de Donald Trump, e autoridades chinesas expressaram um otimismo cauteloso de que possa haver melhora com o governo de Joe Biden.

Yang afirmou a um fórum online na terça-feira que espera que as relações entre os dois países voltem a um trajeto previsível e construtivo, mas pediu que os Estados Unidos “parem de interferir” em assuntos relacionados à soberania da China, incluindo Xinjiang, Hong Kong e o Tibete.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na sexta-feira que os “interesses em comum dos dois países superam as suas diferenças” e pediu que os Estados Unidos “encontrem um meio-termo com a China” para melhorar as relações.

No entanto, críticas ao histórico de direitos humanos da China continuam inabaláveis, com o Departamento de Estado dizendo na quinta-feira que estava “profundamente perturbado” por relatos de abuso sexual contra mulheres em campos de internação para a etnia uighur e outros muçulmanos em Xinjiang.

O próprio Biden mostrou poucos sinais de que tem pressa em se relacionar com Pequim, descrevendo a China na quinta-feira como “nossa mais séria rival” e dizendo que Washington continuará a confrontar o que descreveu como “ataques" da China contra "direitos humanos, propriedade intelectual e governança global”.

“Mas estamos prontos para trabalhar com Pequim, quando for de interesse dos Estados Unidos fazê-lo”, acrescentou ele.

O Global Times, tabloide editado pelo jornal do Partido Comunista da China, Diário do Povo, disse em um editorial no sábado esperar que o governo Biden continue com um discurso duro, mas ao mesmo tempo melhore a cooperação em algumas áreas.

"É obviamente diferente em relação ao período anterior, com o governo Trump, que apenas estimulou o antagonismo entre China e Estados Unidos”, disse o jornal.

 

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