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Sargento trocado por talibãs retoma atividade militar

Bowe Bergdahl foi devolvido ao seu país no dia 31 de março, em troca da libertação de cinco talibãs

Imagem capturada de vídeo lançado pela Al-Emara mostra o sargento norte-americano Bowe Bergdahl sentado numa camionete no Afeganistão (Al-Emara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 15h53.

Washington - O soldado americano Bowe Bergdahl, mantido em poder dos talibãs por cerca de cinco anos, retomará a atividade militar, informou o Exército dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

Bergdahl foi devolvido ao seu país no dia 31 de março, em troca da libertação de cinco talibãs.

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Depois de ter sido libertado, Bergdahl passou por um tratamento médico e psicológico em um hospital militar em San Antonio, no Texas (sul dos Estados Unidos), preparando-se para a reintegração.

"Ele vai retomar sua atividade normalmente, onde possa contribuir para a missão", em uma base em San Antonio, indicou o Exército em um comunicado. As tarefas a serem desempenhadas pelo militar não foram especificadas.

Uma investigação sobre as circunstâncias de seu desaparecimento e captura "está em andamento", acrescentou o Exército.

Oficiais militares informaram que o soldado, de 28 anos, recebeu uma assessoria durante o último mês para o contato com jornalistas, já que ainda não conversou com a imprensa desde que foi libertado.

Bergdahl foi o único soldado americano mantido como refém pelos afegãos, e ficou cinco anos em poder dos insurgentes Haqqani, ligados aos talibãs. Ele desapareceu de seu posto no leste do Afeganistão, próximo à fronteira com o Paquistão, em junho de 2009.

O presidente Barack Obama foi intensamente criticado pela operação que libertou o soldado.

Congressistas republicanos afirmaram que o governo fez uma concessão perigosa ao aceitar trocar Bergdahl por cinco talibãs, que estavam em Guantánamo e foram para o Catar.

Há a especulação de que o soldado tenha desertado de seu posto, devido ao relato de alguns soldados de que ele havia saído andando sozinho da base.

Segundo Cody Full, que serviu com Bergdahl, o soldado estaria passando por conflitos, e teria um plano para abandonar seu posto.

Bergdahl era um "bom soldado" durante o treinamento na Califórnia, mas ao chegar ao Afeganistão passou a expressar sua discordância com a maneira como as missões eram feitas, contou Full a um comitê parlamentar.

"Ele não entendia porque estávamos entregando ajuda humanitária, construindo clínicas e ajudando a população, em vez de combater o Talibã", declarou.

O governo americano defendeu sua posição no caso, ressaltando que tem o dever de resgatar todos os seus soldados, e que uma investigação vai determinar se Bergdahl violou alguma de suas obrigações.

Soldados da reserva apontaram que diversos militares tinham morrido busca pelo refém, mas o Pentágono alegou que não há evidências disso.

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