O governante falou dos resultados da luta contra as Farc (©AFP / Luis Acosta)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2012 às 19h53.
Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, destacou nesta terça-feira os resultados de sua política na luta contra as Farc, um dia após confirmar ''conversas exploratórias'' de seu governo com a guerrilha para acabar com 50 anos de conflito.
Santos lembrou, em entrevista a rádios do departamento (estado) de Bolívar, que durante os dois primeiros anos de seu mandato foram promovidas missões que tiraram a vida do principal líder das Farc e do responsável militar da organização.
''Alfonso Cano'', apelido de Guillermo León Sáenz, o comandante-chefe das Farc, perdeu a vida em novembro de 2011 em um combate com militares em Suárez, população do departamento do Cauca.
Um ano antes, em setembro de 2010, o ''Mono Jojoy'', apelido de Víctor Julio Suárez, responsável militar do grupo, morreu em um bombardeio a seu acampamento nas selvas da Sierra de La Macarena.
Um total de 18 chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também morreu desde agosto de 2010, segundo Santos.
''Isso é muito mais do que tinha sido feito no passado'', afirmou Santos, que sucedeu Álvaro Uribe (2002-2010) no poder e foi ministro da Defesa nos três últimos anos de mandato do antigo presidente.
O governante falou dos resultados da luta contra as Farc horas após confirmar que, em cumprimento de seu dever constitucional de buscar a paz, ''foram desenvolvidas conversas exploratórias com as Farc para buscar o fim do conflito''.
Santos não deu detalhes sobre os encontros, que segundo a rede de TV ''Telesur'' e a rádio colombiana ''RCN'', avançaram rumo a um acordo para a abertura formal de um diálogo, que será discutido em Oslo no início de outubro.
O governante se limitou a anunciar que ''nos próximos dias serão conhecidos os resultados das conversas com as Farc'', embora tenha especificado que as forças de segurança manterão suas ações em todo o território nacional.