Sanções da União Europeia atingem gás da Rússia pela primeira vez
As novas sanções atingem as reexportações de gás natural liquefeito russo à UE, mas não chegam a proibir as importações, como o bloco fez em 2022 para o petróleo do país
Repórter colaborador
Publicado em 20 de junho de 2024 às 09h54.
Países da União Europeia concordaram com um 14º pacote de sanções contra aRússia devido à guerra na Ucrânia. As informações foram confirmadas por diplomatas à Reuters nesta quinta-feira, 20.
As novas sanções atingem as reexportações de gás natural liquefeito (GNL) russo à UE, mas não chegam a proibir as importações, como o bloco fez em 2022 para o petróleo do país. Algumas nações da UE ainda importam gás da Rússia através da Ucrânia.
Especialistas no mercado do gás afirmam que a medida terá pouco impacto, uma vez que o transporte de gás pelos portos da UE para a Ásia representam apenas cerca de 10% do total das exportações russas de GNL.
O pacote também bloqueia três projetos russos de GNL e inclui uma cláusula destinada a permitir que a Suécia e a Finlândia cancelem os contratos russos de GNL.
"Este pacote dificultará ainda mais à Rússia o acesso a tecnologias importantes. Ele privará a Rússia de mais receitas energéticas. E vai desafiar Putin a rede bancária paralela que ele está usando no exterior", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no X. .
O pacote também reforça as medidas contra o petróleo vendido pela Rússia "por fora" do limite de preço estabelecido pelos países do G7. Os países da UE acrescentaram à lista de sanções pelo menos dois navios de propriedade russa que transportam equipamento militar da Coreia do Norte. Os dois países reforçaram laços econômicos e militares desde a guerra da Ucrânia. Putin, inclusive, visitou Kim Jong-un nesta semana e prometeu uma "forte aliança" com a ditadura comunista.