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Rússia reduz diplomatas americanos no país após sanções dos EUA

Além disso, o país anunciou que a embaixada dos EUA não poderá mais utilizar armazéns em Moscou nem a mansão que dispõe em Serebrianyi Bor

Putin: o anúncio acontece no dia seguinte ao que o Congresso americano concluiu o processo de votação de uma lei que endurece as sanções contra a Rússia (Mikhail Klimentyev/Reuters)

Putin: o anúncio acontece no dia seguinte ao que o Congresso americano concluiu o processo de votação de uma lei que endurece as sanções contra a Rússia (Mikhail Klimentyev/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de julho de 2017 às 08h22.

Moscou - A Rússia ordenou nesta sexta-feira o corte do número de diplomatas americanos na embaixada desse país em Moscou e nos seus consulados em resposta às últimas sanções impostas por Washington.

"Solicitamos à parte americana que, a partir do dia 1º de setembro, reduza o número de diplomatas e colaboradores que trabalham na embaixada dos EUA em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades, até o mesmo número do pessoal diplomático russo nos EUA", afirma um comunicado publicado no site da chancelaria russa.

"Isto significa que o número total do pessoal nas representações diplomáticas e consulares americanas na Rússia se reduz para 455 pessoas", acrescenta o texto.

Além disso, o Ministério de Relações Exteriores russo anunciou que, a partir de 1º agosto, a embaixada dos EUA não poderá utilizar armazéns na capital russa nem tampouco a mansão que dispõe em Serebrianyi Bor, uma área elitista de Moscou.

"Nós nos reservamos o direito a adotar, com base no princípio de reciprocidade, novas medidas que podem afetar os direitos de EUA", adverte a declaração.

O anúncio da pasta de Exteriores acontece no dia seguinte ao que o Congresso americano concluiu o processo de votação de uma lei que endurece as sanções contra a Rússia.

"Isto, uma vez mais, confirma a extrema agressividade dos Estados Unidos nos assuntos internacionais. Esgrimindo sua 'exclusividade', os EUA fazem pouco caso dos interesses e das posições de outros países", destaca a declaração.

A chancelaria ressaltou que a Rússia "fez e faz todo o possível" para normalizar as relações bilaterais e desenvolver a cooperação com os EUA nos assuntos mais importantes da agenda internacional, como a luta contra o terrorismo, a proliferação das armas de extermínio em massa e a ciberdelinquência.

No entanto, os Estados Unidos - segundo o texto - "empreendem com insistência, uma após outra, grosseiras ações anti-Rússia com o pretexto, completamente inventado, de uma ingerência russa nos seus assuntos internos".

A pasta de Exteriores indicou ainda que nos Estados Unidos se adotam "sanções ilegais" contra a Federação Russa, se expropriam propriedades diplomáticas russas registradas devidamente em documentos bilaterais juridicamente vinculativos e se expulsa diplomatas russos.

"A adoção da nova lei de sanções demonstrou com clareza meridiana que as relações com a Rússia se transformaram em refém da luta política interna nos Estados Unidos", completa.

Segundo Moscou, a lei de sanções procura criar uma posição vantajosa para os EUA na economia global, e "semelhante chantagem" representa uma ameaça para muitos países e o comércio internacional.

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