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Rússia nega plano de instituto para interferir na eleição dos EUA

Reportagem da Reuters afirmou que um instituto russo forneceu um panorama e base lógica para interferir na eleição de novembro

Dmitry Peskov: porta-voz do Kremlin disse que as pessoas não devem prestar atenção em reportagens baseadas em fontes anônimas (Sergei Karpukhin/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2017 às 09h41.

Moscou - A Rússia disse nesta quinta-feira ser falsa uma reportagem da Reuters que afirmou que um instituto do governo russo controlado pelo presidente Vladimir Putin desenvolveu um plano para influenciar o rumo das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016 a favor de Donald Trump.

Reportagem da Reuters na quarta-feira afirmou que o Instituto Russo para Estudos Estratégicos, sediado em Moscou, forneceu panorama e base lógica para o que agências de inteligência norte-americanas concluíram ser um esforço intenso da Rússia em interferir na eleição de novembro.

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A reportagem da Reuters citou três atuais e quatro ex-autoridades dos Estados Unidos que tinham obtido dois documentos preparados pelo instituto. As fontes falaram em condição de anonimato.

A Rússia negou repetidamente ter interferido na eleição dos Estados Unidos. O Kremlin e o instituto não responderam pedidos por comentários antes de quarta-feira, mas nesta quinta o instituto divulgou um comunicado afirmando que a reportagem é falsa.

"Parece que, em sua consciência de conspiração, os autores desse conceito não pesaram a realidade contra suas fantasias cobiçadas, para mais uma vez chamar atenção para o tema... da 'participação' da Rússia na campanha que precedeu as eleições dos Estados Unidos", disse o diretor do instituto, Mikhail Fradkov.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as pessoas não devem prestar atenção em reportagens baseadas em fontes anônimas.

"Eu não sei nada sobre esse assunto, eu só posso dizer que sete fontes anônimas não valem uma fonte real", afirmou.

Os documentos obtidos pelos agentes de inteligência dos Estados Unidos foram centrais para a conclusão do governo do ex-presidente dos EUA Barack Obama de que a Rússia tinha montado uma campanha de "notícias falsas" e lançado ataques digitais contra grupos do Partido Democrata e contra a campanha da candidata Hillary Clinton, disseram as atuais e ex-autoridades dos EUA.

Essa campanha começou depois que Putin pediu ao instituto para desenvolver um plano para interferir na disputa presidencial dos Estados Unidos, segundo uma das fontes, um ex-agente sênior da inteligência norte-americana.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que as atividades da Rússia não tiveram nenhum impacto no resultado da eleição. Investigações em andamento no Congresso e no FBI sobre a interferência russa ainda não produziram nenhuma evidência pública de que aliados de Trump conspiraram com esforços russos para mudar o resultado da eleição.

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