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Rússia enterra vítimas e aumenta medidas de segurança

Rússia se prepara para iniciar 2014 com fortes medidas de segurança e com o sepultamento de vítimas dos dois atentados suicidas que deixaram 33 mortos

Policiais patrulham Praça Vermelha, na Rússia: presidente russo, Vladimir Putin, pode citar os ataques em seu tradicional discurso de Ano Novo (Vasily Maximov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 09h56.

Moscou - A Rússia se prepara para iniciar 2014 com fortes medidas de segurança e com o sepultamento das primeiras vítimas dos dois atentados suicidas que deixaram 33 mortos em Volgogrado, a poucas semanas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

Volgogrado começou a enterrar os mortos do atentado de domingo na principal estação de trens da cidade, atribuído pelas autoridades a uma mulher-bomba procedente da região do Daguestão, no Cáucaso Norte.

O presidente russo, Vladimir Putin, que não fez qualquer pronunciamento público depois dos atentados, pode citar os ataques em seu tradicional discurso de Ano Novo.

O Kremlin ordenou na segunda-feira ao serviço antiterrorista um reforço da segurança depois da explosão de um ônibus elétrico, menos de 24 horas depois do atentado na estação central de Volgogrado, a antiga Stalingrado.

O balanço total dos dois atentados subiu a 33 mortos, anunciou o porta-voz do ministério local de Situações de Emergência, Dmitri Ulanov.

"Morreu em um hospital de Volgogrado uma vítima da explosão na estação ferroviária em 29 de dezembro, o que elevou o número de mortos a 18", disse o porta-voz.

O porta-voz informou ainda que o balanço do atentado cometido na segunda-feira contra um ônibus elétrico subiu de 14 para 15 mortos.

O balanço anterior era de 31 mortos no total: 17 na explosão de domingo na estação central de trens de Volgogrado e 14 no ataque de segunda-feira contra o ônibus.

O ministério da Saúde informou na segunda-feira à noite que seis feridos estavam em condição crítica e 13 em estado grave.

As duas explosões, não reivindicadas, foram atribuídas a suicidas e os investigadores apontaram semelhanças entre os explosivos utilizados, dando força à tese de ataques coordenados.

O Ano Novo é a celebração mais popular na Rússia e o início do período de festas marcado pelo Natal ortodoxo.


Milhares de pessoas se reunirão na Praça Vermelha, ao lado do Kremlin, na noite de 31 de dezembro, com medidas de segurança reforçadas, como o aumento das operações nas estradas e a presença de cães farejadores em locais públicos.

Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, as autoridades decidiram cancelar a queima de fogos de artifício depois dos atentados.

Na cidade de Volgogrado, em estado de alerta, foram canceladas todas as festividades por decisão da comissão antiterrorista, enquanto as autoridades da cidade pediram aos moradores que não usem fogos de artifício.

Mais de 4.000 policiais e oficiais das forças especiais foram mobilizados na cidade, onde 90 pessoas foram interrogadas, segundo a agência oficial Itar-Tass.

Alexander Bortnikov, diretor do serviço secreto, pediu a compreensão dos moradores para as "medidas necessárias".

Para analistas, os atentados pretendem criar um clima de terror no país antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (7 a 23 de fevereiro).

O líder da rebelião islamita, Doku Umarov, pediu em julho que seus simpatizantes impedissem "por todos os meios" as Olimpíadas.

O governo dos Estados Unidos ofereceu ajuda a Moscou para reforçar a segurança do evento esportivo, anunciado como um dos mais caros da história com um orçamento de de 50 bilhões de dólares.

A Rússia não respondeu a proposta de Washington, mas o Kremlin informou que Putin enviou uma mensagem de Ano Novo ao presidente Barack Obama, na qual destaca a intenção de Moscou de "seguir participando no diálogo construtivo e no fortalecimento da confiança e da compreensão" entre os dois países.

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O Kremlin ordenou na segunda-feira ao serviço antiterrorista um reforço da segurança depois da explosão de um ônibus elétrico, menos de 24 horas depois do atentado na estação central de Volgogrado, a antiga Stalingrado.

O balanço total dos dois atentados subiu a 33 mortos, anunciou o porta-voz do ministério local de Situações de Emergência, Dmitri Ulanov.

"Morreu em um hospital de Volgogrado uma vítima da explosão na estação ferroviária em 29 de dezembro, o que elevou o número de mortos a 18", disse o porta-voz.

O porta-voz informou ainda que o balanço do atentado cometido na segunda-feira contra um ônibus elétrico subiu de 14 para 15 mortos.

O balanço anterior era de 31 mortos no total: 17 na explosão de domingo na estação central de trens de Volgogrado e 14 no ataque de segunda-feira contra o ônibus.

O ministério da Saúde informou na segunda-feira à noite que seis feridos estavam em condição crítica e 13 em estado grave.

As duas explosões, não reivindicadas, foram atribuídas a suicidas e os investigadores apontaram semelhanças entre os explosivos utilizados, dando força à tese de ataques coordenados.

O Ano Novo é a celebração mais popular na Rússia e o início do período de festas marcado pelo Natal ortodoxo.


Milhares de pessoas se reunirão na Praça Vermelha, ao lado do Kremlin, na noite de 31 de dezembro, com medidas de segurança reforçadas, como o aumento das operações nas estradas e a presença de cães farejadores em locais públicos.

Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, as autoridades decidiram cancelar a queima de fogos de artifício depois dos atentados.

Na cidade de Volgogrado, em estado de alerta, foram canceladas todas as festividades por decisão da comissão antiterrorista, enquanto as autoridades da cidade pediram aos moradores que não usem fogos de artifício.

Mais de 4.000 policiais e oficiais das forças especiais foram mobilizados na cidade, onde 90 pessoas foram interrogadas, segundo a agência oficial Itar-Tass.

Alexander Bortnikov, diretor do serviço secreto, pediu a compreensão dos moradores para as "medidas necessárias".

Para analistas, os atentados pretendem criar um clima de terror no país antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (7 a 23 de fevereiro).

O líder da rebelião islamita, Doku Umarov, pediu em julho que seus simpatizantes impedissem "por todos os meios" as Olimpíadas.

O governo dos Estados Unidos ofereceu ajuda a Moscou para reforçar a segurança do evento esportivo, anunciado como um dos mais caros da história com um orçamento de de 50 bilhões de dólares.

A Rússia não respondeu a proposta de Washington, mas o Kremlin informou que Putin enviou uma mensagem de Ano Novo ao presidente Barack Obama, na qual destaca a intenção de Moscou de "seguir participando no diálogo construtivo e no fortalecimento da confiança e da compreensão" entre os dois países.

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