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Rússia diz que teste com mísseis do Irã não viola acordo

Perguntado se achava que deveriam impor sanções ao Irã, o embaixador russo respondeu: "A resposta curta e grossa é não"

Teste de mísseis: as autoridades israelenses insistiram hoje no Conselho de Segurança que o Irã deve ser punido por esses testes (Mahmood Hosseini / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 13h22.

Nações Unidas - O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, afirmou nesta segunda-feira que os recentes testes com mísseis feito pelo Irã não violam o acordo nuclear alcançado entre o país e a comunidade internacional, e descartou a imposição de sanções contra Teerã.

Churkin falou rapidamente com a imprensa em sua chegada a uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para analisar os testes com mísseis iranianos, convocada pelos Estados Unidos.

Perguntado se achava que deveriam impor sanções ao Irã, o embaixador russo respondeu: "A resposta curta e grossa é não".

Churkin negou que os testes tenham significado uma uma violação da resolução 2231, o texto pelo qual o Conselho de Segurança ratificou o acordo negociado entre Irã e as potências do Grupo 5+1 (EUA, Rússia, França, Reino Unido, China e Alemanha).

Já o embaixador britânico, Matthew Rycroft, disse aos jornalistas que seu país considera que o Irã ignorou de forma "descarada" a resolução, que impede o país de realizar lançamentos de mísseis capazes de transportar armas atômicas.

As autoridades iranianas argumentam que os mísseis disparados semana passada são armas convencionais e não têm fim nuclear, e que significa que não teriam descumprido a diretriz.

Rycroft disse que o Conselho de Segurança analisará as diferentes opções que tem em mãos, mas que não espera que cheguem a um acordo ainda hoje.

O representante francês na ONU, François Delattre, disse que seu país está preocupado com as ações iranianas e defendeu a necessidade de "discutir" com o resto dos membros do Conselho o que fazer.

Os Estados Unidos, que convocaram a reunião de hoje, se referiram aos lançamentos de mísseis do Irã como "provocadores e desestabilizadores", e condenou as declarações de líderes iranianos em que asseguravam que essas armas estão projetadas para serem uma ameaça a Israel.

As autoridades israelenses insistiram hoje no Conselho de Segurança que o Irã deve ser punido por esses testes.

"Ignorar as violações do Irã dará um sinal verde para continuar com os testes de mísseis nucleares", disse o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon.

Para Danon, o Conselho de Segurança deve tomar "medidas punitivas concretas" contra o Irã.

Vários meios de comunicação iranianos publicaram que um dos mísseis disparados pelo Irã levava escrita a frase "Israel deve ser apagado da Terra", o que foi citado pelo embaixador israelense.

"Se estivesse escrito que Inglaterra, França, Japão ou qualquer outro país deveria ser eliminado da Terra, o Conselho de Segurança se manteria em silêncio?", questionou.

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Nações Unidas - O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, afirmou nesta segunda-feira que os recentes testes com mísseis feito pelo Irã não violam o acordo nuclear alcançado entre o país e a comunidade internacional, e descartou a imposição de sanções contra Teerã.

Churkin falou rapidamente com a imprensa em sua chegada a uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para analisar os testes com mísseis iranianos, convocada pelos Estados Unidos.

Perguntado se achava que deveriam impor sanções ao Irã, o embaixador russo respondeu: "A resposta curta e grossa é não".

Churkin negou que os testes tenham significado uma uma violação da resolução 2231, o texto pelo qual o Conselho de Segurança ratificou o acordo negociado entre Irã e as potências do Grupo 5+1 (EUA, Rússia, França, Reino Unido, China e Alemanha).

Já o embaixador britânico, Matthew Rycroft, disse aos jornalistas que seu país considera que o Irã ignorou de forma "descarada" a resolução, que impede o país de realizar lançamentos de mísseis capazes de transportar armas atômicas.

As autoridades iranianas argumentam que os mísseis disparados semana passada são armas convencionais e não têm fim nuclear, e que significa que não teriam descumprido a diretriz.

Rycroft disse que o Conselho de Segurança analisará as diferentes opções que tem em mãos, mas que não espera que cheguem a um acordo ainda hoje.

O representante francês na ONU, François Delattre, disse que seu país está preocupado com as ações iranianas e defendeu a necessidade de "discutir" com o resto dos membros do Conselho o que fazer.

Os Estados Unidos, que convocaram a reunião de hoje, se referiram aos lançamentos de mísseis do Irã como "provocadores e desestabilizadores", e condenou as declarações de líderes iranianos em que asseguravam que essas armas estão projetadas para serem uma ameaça a Israel.

As autoridades israelenses insistiram hoje no Conselho de Segurança que o Irã deve ser punido por esses testes.

"Ignorar as violações do Irã dará um sinal verde para continuar com os testes de mísseis nucleares", disse o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon.

Para Danon, o Conselho de Segurança deve tomar "medidas punitivas concretas" contra o Irã.

Vários meios de comunicação iranianos publicaram que um dos mísseis disparados pelo Irã levava escrita a frase "Israel deve ser apagado da Terra", o que foi citado pelo embaixador israelense.

"Se estivesse escrito que Inglaterra, França, Japão ou qualquer outro país deveria ser eliminado da Terra, o Conselho de Segurança se manteria em silêncio?", questionou.

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