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Rússia defende na ONU ajuda para reconstrução da Síria

Siplomata russo defendeu o fim das sanções unilaterais contra Damasco e disse que países não devem condicionar a ajuda às exigências de mudança do regime

Síria: França disse que não haverá ajuda para reconstrução até que Assad se comprometa com transição política (Omar Sanadiki/Reuters)
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AFP

Publicado em 27 de julho de 2018 às 20h42.

A Rússia convocou nesta sexta-feira as potências mundiais a concentrar esforços para ajudar na recuperação econômica da Síria e no regresso dos refugiados, enquanto Damasco avança na retomada do seu território após sete anos de guerra.

O diplomata russo na ONU Dimitri Polyanski defendeu o fim das sanções unilaterais contra Damasco e disse que os países não devem condicionar a ajuda às exigências de mudança do regime ou à saída do presidente Bashar al Assad.

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A intervenção militar russa em 2015 para apoiar Assad foi um divisor de águas na guerra, que matou mais de 350 mil pessoas e deixou milhões de deslocados.

Diante do Conselho de Segurança, Polyanski declarou que o "reerguimento da economia síria" é um "desafio crítico", já que o país enfrenta uma aguda escassez de materiais de construção, equipamentos pesados e combustível para reconstruir as áreas destruídas pela guerra.

"Seria prudente que todos os sócios internacionais se unissem para contribuir nos esforços de recuperação da Síria, para evitar conexões artificiais e impulsos políticos", declarou Polyansky.

Mas a França advertiu que não haverá ajuda para a reconstrução até que Assad se comprometa com uma transição política que inclua uma nova Constituição e eleições.

Oito rodadas de negociações apoiadas pela ONU fracassaram em obter um acordo para a Síria, enquanto uma comissão apoiada por Moscou para reescrever a Constituição ainda não iniciou seu trabalho.

Após o fracasso da última rodada de negociações, em dezembro, as forças de Assad retomaram Guta Oriental, na região de Damasco, e assumiram o controle da maior parte da província de Daraa, no sul.

O embaixador francês, François Delattre, declarou ao Conselho que Assad está obtendo "vitórias sem paz" e que é preciso retomar as negociações para se obter um acordo final.

"Não participaremos da reconstrução da Síria até que, efetivamente, ocorra uma transição política com processos constitucionais e eleitorais" conduzidos "de maneira sincera e significativa".

Delattre esclareceu que sem estabilidade "não há razão que justifique o financiamento da França ou da União Europeia nos esforços de reconstrução".

A Rússia apresentou este mês aos Estados Unidos propostas para a volta dos refugiados sírios na Jordânia, Turquia, Líbano e Egito com o apoio financeiro internacional.

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