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Rússia culpa potências estrangeiras por violência na Síria

"Infelizmente, alguns de nossos parceiros não só fazem previsões, mas também ações práticas para que a situação exploda no sentido literal e suposto do termo"

Moscou denuncia que os observadores internacionais da ONU também foram no dia 9 de maio vítimas de um ataque armado por parte dos rebeldes (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 16h52.

Moscou - O ministro de Exteriores da Rússia , Sergei Lavrov, responsabilizou diretamente às potências estrangeiras pela violência na Síria, onde um duplo atentado terrorista matou nesta quinta-feira pelo menos 55 pessoas nos arredores de Damasco.

"Infelizmente, alguns de nossos parceiros não só fazem previsões, mas também ações práticas para que a situação exploda no sentido literal e suposto do termo", afirmou Lavrov em entrevista coletiva em Pequim, segundo a chancelaria russa.

Lavrov, que se reuniu hoje com seu colega chinês, Yang Jiechi, acrescentou: "Também me refiro a essas explosões".

"Os líderes da comunidade internacional têm influência sobre eles (os grupos armados). Deveriam utilizar sua influência para o bem, não para o mal", disse.

O chefe da diplomacia russa ressaltou que o regime sírio de Bashar al Assad tem parte da responsabilidade pela situação no país árabe, mas que "isso não pode servir de desculpa para eximir a outra parte de qualquer responsabilidade", em alusão aos opositores.

Lavrov acusou as potências que têm mais influência que a Rússia sobre a oposição síria de "inclusive ameaçar os grupos armados a não aceitar nenhum acordo ou compromisso e a continuar sua atividade destruidora".

Em sua opinião, essas potências abrigam esperanças que "as forças governamentais reagirão de maneira inadequada e que a espiral de violência conduzirá à necessária ingerência exterior".

"Isso é inaceitável. E o Conselho de Segurança da ONU não autorizará dito plano. Nós não estamos ao lado dos que atuam na Síria segundo o princípio de "quanto pior, melhor"", advertiu.

A chancelaria russa condenou hoje o duplo atentado com bomba perpetrado perto de Damasco, no qual morreram pelo menos 55 pessoas e várias centenas ficaram feridas.

"Condenamos da maneira mais firme o novo crime sangrento dos terroristas. A morte e o sofrimento de pessoas inocentes não podem ser justificados em nenhum caso", indicou a chancelaria russa em comunicado.

A nota destaca que estes atos terroristas indiscriminados pouco têm a ver com "a defesa da população civil" à qual se refere à oposição mais radical ao regime de Assad e seus aliados ocidentais.

Moscou denuncia que os observadores internacionais da ONU também foram no dia 9 de maio vítimas de um ataque armado por parte dos rebeldes.

"É evidente que o objetivo dessas cruéis ações é dirigir o país a uma nova, sangrenta e muito perigosa espiral de violência, abortar o cumprimento do plano do mediador internacional, Kofi Annan, e amedrontar os observadores da ONU", apontou.

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Moscou - O ministro de Exteriores da Rússia , Sergei Lavrov, responsabilizou diretamente às potências estrangeiras pela violência na Síria, onde um duplo atentado terrorista matou nesta quinta-feira pelo menos 55 pessoas nos arredores de Damasco.

"Infelizmente, alguns de nossos parceiros não só fazem previsões, mas também ações práticas para que a situação exploda no sentido literal e suposto do termo", afirmou Lavrov em entrevista coletiva em Pequim, segundo a chancelaria russa.

Lavrov, que se reuniu hoje com seu colega chinês, Yang Jiechi, acrescentou: "Também me refiro a essas explosões".

"Os líderes da comunidade internacional têm influência sobre eles (os grupos armados). Deveriam utilizar sua influência para o bem, não para o mal", disse.

O chefe da diplomacia russa ressaltou que o regime sírio de Bashar al Assad tem parte da responsabilidade pela situação no país árabe, mas que "isso não pode servir de desculpa para eximir a outra parte de qualquer responsabilidade", em alusão aos opositores.

Lavrov acusou as potências que têm mais influência que a Rússia sobre a oposição síria de "inclusive ameaçar os grupos armados a não aceitar nenhum acordo ou compromisso e a continuar sua atividade destruidora".

Em sua opinião, essas potências abrigam esperanças que "as forças governamentais reagirão de maneira inadequada e que a espiral de violência conduzirá à necessária ingerência exterior".

"Isso é inaceitável. E o Conselho de Segurança da ONU não autorizará dito plano. Nós não estamos ao lado dos que atuam na Síria segundo o princípio de "quanto pior, melhor"", advertiu.

A chancelaria russa condenou hoje o duplo atentado com bomba perpetrado perto de Damasco, no qual morreram pelo menos 55 pessoas e várias centenas ficaram feridas.

"Condenamos da maneira mais firme o novo crime sangrento dos terroristas. A morte e o sofrimento de pessoas inocentes não podem ser justificados em nenhum caso", indicou a chancelaria russa em comunicado.

A nota destaca que estes atos terroristas indiscriminados pouco têm a ver com "a defesa da população civil" à qual se refere à oposição mais radical ao regime de Assad e seus aliados ocidentais.

Moscou denuncia que os observadores internacionais da ONU também foram no dia 9 de maio vítimas de um ataque armado por parte dos rebeldes.

"É evidente que o objetivo dessas cruéis ações é dirigir o país a uma nova, sangrenta e muito perigosa espiral de violência, abortar o cumprimento do plano do mediador internacional, Kofi Annan, e amedrontar os observadores da ONU", apontou.

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