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Rússia começa a fornecer gás aos separatistas ucranianos

Especialistas estimam em mais de US$ 7 milhões diários o custo da provisão "humanitária" de gás para as zonas rebeldes de Donetsk e Lugansk

Energia: a companhia ucraniana fornecedora de gás se mostrou disposta a enviar operários para reparar a rede danificada, assim que as hostilidades cessarem (Andrey Rudakov/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 14h19.

Moscou - A Rússia começou nesta quinta-feira a fornecer gás aos separatistas do leste da Ucrânia por "motivos humanitários", após fechar um acordo com as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, que acusaram Kiev de cortar o fluxo de gás para a região.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, deu a ordem correspondente ao consórcio Gazprom, que bombeará 12 milhões de metros cúbicos diários.

"Por decisão das autoridades ucranianas uma série de cidades não estão recebendo gás. O povo não pode congelar", disse Medvedev, cuja porta-voz assegurou seguidamente que a provisão terá caráter comercial.

O envio do gás começou pouco antes das 17h (hora ucraniana, 13h em Brasília) depois que as autoridades ucranianas cortaram na quarta-feira a provisão para as regiões pró-russas.

"Por nosso território passam duas linhas do gasoduto Moscou-Stavropol. As necessidades de gás em Lugansk são de 5 milhões e as de Donetsk chegam a 7 milhões (de metros cúbicos diários), sem contar a indústria", disse Gennady Tsipkalov, primeiro-ministro separatista em Lugansk.

As autoridades separatistas de Lugansk tinham alertado que se não recebessem em questão de horas novas provisões de gás o território sob seu controle entraria em uma "nova era de gelo".

"Acabam de nos informar que a Ucrânia cortou nosso gás. As reservas só chegam até a hora do almoço. Sem dúvida, esta é uma violação dos acordos de paz de Minsk", assegurou Vladislav Deinego, negociador-chefe dos separatistas de Lugansk.

Enquanto isso, a companhia estatal ucraniana Naftogaz explicou que o motivo da suspensão do bombeamento foram os danos sofridos pelo gasoduto durante os combates entre as forças governamentais e as milícias pró-russas.

"O reatamento da provisão não é possível neste momento devido à continuação das ações militares na região", informou a Naftogaz em comunicado.

A companhia se mostrou disposta a enviar à região os operários para reparar a rede de gás assim que as hostilidades cessarem.

O presidente da Gazprom, Alexei Miller, explicou que a provisão para o leste da Ucrânia será realizada através das estações de bombeamento russas de Projorovka, na fronteira com a região de Lugansk, e Platovo, fronteiriça com a de Donetsk.

Os especialistas já estimaram em mais de US$ 7 milhões diários o custo da provisão "humanitária" de gás para as zonas rebeldes de Donetsk e Lugansk, e lembram que a república separatista moldávia da Transnístria ainda deve US$ 4,5 bilhões à Gazprom.

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Moscou - A Rússia começou nesta quinta-feira a fornecer gás aos separatistas do leste da Ucrânia por "motivos humanitários", após fechar um acordo com as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, que acusaram Kiev de cortar o fluxo de gás para a região.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, deu a ordem correspondente ao consórcio Gazprom, que bombeará 12 milhões de metros cúbicos diários.

"Por decisão das autoridades ucranianas uma série de cidades não estão recebendo gás. O povo não pode congelar", disse Medvedev, cuja porta-voz assegurou seguidamente que a provisão terá caráter comercial.

O envio do gás começou pouco antes das 17h (hora ucraniana, 13h em Brasília) depois que as autoridades ucranianas cortaram na quarta-feira a provisão para as regiões pró-russas.

"Por nosso território passam duas linhas do gasoduto Moscou-Stavropol. As necessidades de gás em Lugansk são de 5 milhões e as de Donetsk chegam a 7 milhões (de metros cúbicos diários), sem contar a indústria", disse Gennady Tsipkalov, primeiro-ministro separatista em Lugansk.

As autoridades separatistas de Lugansk tinham alertado que se não recebessem em questão de horas novas provisões de gás o território sob seu controle entraria em uma "nova era de gelo".

"Acabam de nos informar que a Ucrânia cortou nosso gás. As reservas só chegam até a hora do almoço. Sem dúvida, esta é uma violação dos acordos de paz de Minsk", assegurou Vladislav Deinego, negociador-chefe dos separatistas de Lugansk.

Enquanto isso, a companhia estatal ucraniana Naftogaz explicou que o motivo da suspensão do bombeamento foram os danos sofridos pelo gasoduto durante os combates entre as forças governamentais e as milícias pró-russas.

"O reatamento da provisão não é possível neste momento devido à continuação das ações militares na região", informou a Naftogaz em comunicado.

A companhia se mostrou disposta a enviar à região os operários para reparar a rede de gás assim que as hostilidades cessarem.

O presidente da Gazprom, Alexei Miller, explicou que a provisão para o leste da Ucrânia será realizada através das estações de bombeamento russas de Projorovka, na fronteira com a região de Lugansk, e Platovo, fronteiriça com a de Donetsk.

Os especialistas já estimaram em mais de US$ 7 milhões diários o custo da provisão "humanitária" de gás para as zonas rebeldes de Donetsk e Lugansk, e lembram que a república separatista moldávia da Transnístria ainda deve US$ 4,5 bilhões à Gazprom.

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