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Rússia acusa Ucrânia de violação ao acordo de Genebra

Acordo prevê desarmamento de grupos ilegais e a retirada dos prédios ocupados, além de uma anistia para os que entregarem as armas

O chanceler russo, Serguei Lavrov: ele acusou a Rússia de violar acordo assinado recentemente em Genebra (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2014 às 10h13.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou nesta segunda-feira o governo ucraniano de violar "grosseiramente" o acordo assinado em Genebra na semana passada por Rússia , Ucrânia , Estados Unidos e União Europeia.

A acusação foi feita pouco antes do desembarque em Kiev nesta segunda-feira do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que pretende expressar apoio às novas autoridades interinas ucranianas, pró-Ocidente e que enfrentam Moscou.

"O acordo de Genebra não apenas não é respeita, mas é grosseiramente violado pelas medidas adotadas pelos que assumiram o poder em Kiev", afirmou Lavrov.

As autoridades de Kiev "declaram abertamente que o acordo de Genebra não se aplica em Maidan porque a administração da cidade de Kiev decidiu que este local poderia ser preservado e que era legítimo. É totalmente inaceitável", disse.

Lavrov fez referência à praça no centro da capital da Ucrânia, epicentro do movimento de protesto que derrubou em fevereiro o regime pró-Rússia do presidente Viktor Yanukovytch e onde os manifestantes permanecem acampados entre barricadas.

Moscou e Washington trocam acusações sobre ingerência e falta de vontade para aplicar o acordo de Genebra desde a assinatura na quinta-feira.

O governo dos Estados Unidos, que observa a influência de Moscou nos distúrbios da Ucrânia, tenta pressionar a Rússia a convencer os ativistas pró-Moscou, que mantêm o controle da administração regional de Donetsk e de vários prédios públicos na região, que respeitem o acordo e ameaça com novas sanções.

"As tentativas de isolar a Rússia são inúteis, porque isolar a Rússia do resto do mundo é impossível", afirmou Lavrov.

"Primeiro porque somos uma grande potência e que sabe o que quer. E em segundo lugar porque a esmagadora maioria de países não quer isolar a Rússia", completou.

Para surpresa de todos, os chefes da diplomacia ucraniana, russa, americana e europeia concluíram na quinta-feira um acordo em Genebra para reduzir a tensão no país, à beira de uma explosão com a insurreição do leste, que exige a integração à Rússia ou uma "federalização" da nação.

O acordo prevê o desarmamento de grupos ilegais e a retirada dos prédios ocupados, além de uma anistia para os que entregarem as armas, exceto para os que cometeram assassinatos.

O texto estipula também que o processo constitucional anunciado pelo governo de transição será "transparente" e incluirá todas as regiões ucranianas, assim como todas as entidades políticas.

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O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou nesta segunda-feira o governo ucraniano de violar "grosseiramente" o acordo assinado em Genebra na semana passada por Rússia , Ucrânia , Estados Unidos e União Europeia.

A acusação foi feita pouco antes do desembarque em Kiev nesta segunda-feira do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que pretende expressar apoio às novas autoridades interinas ucranianas, pró-Ocidente e que enfrentam Moscou.

"O acordo de Genebra não apenas não é respeita, mas é grosseiramente violado pelas medidas adotadas pelos que assumiram o poder em Kiev", afirmou Lavrov.

As autoridades de Kiev "declaram abertamente que o acordo de Genebra não se aplica em Maidan porque a administração da cidade de Kiev decidiu que este local poderia ser preservado e que era legítimo. É totalmente inaceitável", disse.

Lavrov fez referência à praça no centro da capital da Ucrânia, epicentro do movimento de protesto que derrubou em fevereiro o regime pró-Rússia do presidente Viktor Yanukovytch e onde os manifestantes permanecem acampados entre barricadas.

Moscou e Washington trocam acusações sobre ingerência e falta de vontade para aplicar o acordo de Genebra desde a assinatura na quinta-feira.

O governo dos Estados Unidos, que observa a influência de Moscou nos distúrbios da Ucrânia, tenta pressionar a Rússia a convencer os ativistas pró-Moscou, que mantêm o controle da administração regional de Donetsk e de vários prédios públicos na região, que respeitem o acordo e ameaça com novas sanções.

"As tentativas de isolar a Rússia são inúteis, porque isolar a Rússia do resto do mundo é impossível", afirmou Lavrov.

"Primeiro porque somos uma grande potência e que sabe o que quer. E em segundo lugar porque a esmagadora maioria de países não quer isolar a Rússia", completou.

Para surpresa de todos, os chefes da diplomacia ucraniana, russa, americana e europeia concluíram na quinta-feira um acordo em Genebra para reduzir a tensão no país, à beira de uma explosão com a insurreição do leste, que exige a integração à Rússia ou uma "federalização" da nação.

O acordo prevê o desarmamento de grupos ilegais e a retirada dos prédios ocupados, além de uma anistia para os que entregarem as armas, exceto para os que cometeram assassinatos.

O texto estipula também que o processo constitucional anunciado pelo governo de transição será "transparente" e incluirá todas as regiões ucranianas, assim como todas as entidades políticas.

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