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Restos mortais de Pablo Neruda serão analisados nos EUA

Os restos de Neruda foram exumados por autoridades chilenas em um esforço para determinar se sua morte foi causada por envenenamento


	Lápide do poeta chileno e prêmio Nobel Pablo Neruda é vista antes da exumação de seus restos mortais na cidade de Isla Negra, cerca de 106 km a noroeste de Santiago
 (REUTERS / Eliseo Fernandez)

Lápide do poeta chileno e prêmio Nobel Pablo Neruda é vista antes da exumação de seus restos mortais na cidade de Isla Negra, cerca de 106 km a noroeste de Santiago (REUTERS / Eliseo Fernandez)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2013 às 17h06.

Brasília – A família do poeta chileno Pablo Neruda, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1971, concordou com o envio de seus restos mortais para os Estados Unidos, para uma série de testes toxicológicos. Os restos de Neruda, morto em setembro de 1973, foram exumados na última segunda-feira (8) por autoridades chilenas em um esforço para determinar se sua morte foi causada por envenenamento.

Neruda morreu logo após o golpe de Estado em que o general Augusto Pinochet assumiu o poder no Chile. Na ocasião, a morte do poeta foi atribuída a um câncer de próstata. Um assessor de Neruda, porém, tem afirmado que ele recebeu uma injeção letal por ordem de Pinochet.

O advogado Rodolfo Reyes, sobrinho de Neruda, que assistiu à exumação do corpo junto com um grupo especialistas internacionais, disse a uma rádio chilena que os restos mortais de seu tio serão minuciosamente examinados. “Eles levarão amostras para um laboratório. É um exame técnico e queremos que eles levem o tempo que for preciso para que não restem dúvidas”, disse Reyes.

Os testes serão feitos na Carolina do Norte.

Neruda era amigo do presidente chileno Salvador Allende, deposto por Pinochet. O poeta morreu aos 69 anos, apenas 12 dias depois do golpe, e foi enterrado no jardim de sua casa em Isla Negra, na costa do Chile, onde também foi sepultado, em 1985, o corpo de sua mulher Matilde Urrutia.

Em 2011, o Chile começou a investigar denúncias de Manuel Araya, ex-motorista e assistente pessoal de Neruda, sobre o suposto envenenamento de seu patrão. Araya conta que Neruda telefonou para ele de um hospital e disse que começou a se sentir mal depois de receber uma injeção. Esss alegações são apoiadas pelo Partido Comunista do Chile, segundo o qual Neruda não apresentava sintomas de câncer quando morreu.

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