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Republicanos hispânicos temem por futuro do partido

Esse tipo de discurso é bem recebido por muitos eleitores republicanos brancos, mas não pelas minorias, como mostram sondagens

Donald Trump: o candidato vem dominando as pesquisas de opinião e as prévias partidárias até o momento (Sean Rayford/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 11h08.

Hialeah - Ativistas hispânicos conservadores temem que uma vitória do pré-candidato republicano Donald Trump na prévia presidencial do Estado norte-americano da Flórida, na semana que vem, seja um revés para os esforços para aumentar o apelo do partido além do eleitorado branco, o que pode minar as esperanças de retomar a Casa Branca das mãos dos democratas este ano.

Alguns dos ativistas disseram em entrevistas que temem que um êxito de Trump leve muitos republicanos latinos, revoltados com sua retórica anti-imigrante, a ficarem em casa em 8 de novembro, dia da eleição presidencial, ou pior: a apoiarem o indicado democrata.

"É triste, mas o Partido Republicano irá sentir o estrago durante anos", disseJavier Palomárez, presidente e diretor-executivo da Câmara de Comércio Hispânica dos Estados Unidos , a respeito de uma possível vitória do empresário do setor imobiliário na Flórida no dia 15 de março. "Este é um divisor de águas".

Trump vem dominando as pesquisas de opinião e as prévias partidárias até o momento, em grande parte por causa de sua promessa de construir um muro na fronteira com o México, por classificar os mexicanos como criminosos e estupradores e por suas acusações de que trabalhadores imigrantes roubam empregos dos norte-americanos.

Esse tipo de discurso é bem recebido por muitos eleitores republicanos brancos, mas não pelas minorias, como mostram sondagens.

Isso é um problema para o partido, porque, embora o eleitorado do país tenha se tornado mais diversificado nos últimos três anos, o apoio dos prováveis eleitores hispânicos aos republicanos encolheu – de 30,6 por cento em 2012 para 26 por cento em 2015, de acordo com uma análise de dados da Reuters/Ipsos.

Ao mesmo tempo, o número de hispânicos democratas aumentou para 59,6 por cento, um aumento de 6 pontos percentuais.

A campanha de Trump não quis comentar, mas o candidato vem argumentando de forma reiterada que pode conquistar o voto latino, em parte porque suas empresas deram emprego a milhares de hispânicos.

Grande parte do establishment do Partido Republicano cerrou as fileiras de Marco Rubio, senador da Flórida e cubano-norte-americano de primeira geração.

Rubio, porém, está 15 pontos atrás de Trump em seu próprio berço político e pode ser obrigado a abandonar a corrida se o ex-apresentador de reality show o derrotar.

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Hialeah - Ativistas hispânicos conservadores temem que uma vitória do pré-candidato republicano Donald Trump na prévia presidencial do Estado norte-americano da Flórida, na semana que vem, seja um revés para os esforços para aumentar o apelo do partido além do eleitorado branco, o que pode minar as esperanças de retomar a Casa Branca das mãos dos democratas este ano.

Alguns dos ativistas disseram em entrevistas que temem que um êxito de Trump leve muitos republicanos latinos, revoltados com sua retórica anti-imigrante, a ficarem em casa em 8 de novembro, dia da eleição presidencial, ou pior: a apoiarem o indicado democrata.

"É triste, mas o Partido Republicano irá sentir o estrago durante anos", disseJavier Palomárez, presidente e diretor-executivo da Câmara de Comércio Hispânica dos Estados Unidos , a respeito de uma possível vitória do empresário do setor imobiliário na Flórida no dia 15 de março. "Este é um divisor de águas".

Trump vem dominando as pesquisas de opinião e as prévias partidárias até o momento, em grande parte por causa de sua promessa de construir um muro na fronteira com o México, por classificar os mexicanos como criminosos e estupradores e por suas acusações de que trabalhadores imigrantes roubam empregos dos norte-americanos.

Esse tipo de discurso é bem recebido por muitos eleitores republicanos brancos, mas não pelas minorias, como mostram sondagens.

Isso é um problema para o partido, porque, embora o eleitorado do país tenha se tornado mais diversificado nos últimos três anos, o apoio dos prováveis eleitores hispânicos aos republicanos encolheu – de 30,6 por cento em 2012 para 26 por cento em 2015, de acordo com uma análise de dados da Reuters/Ipsos.

Ao mesmo tempo, o número de hispânicos democratas aumentou para 59,6 por cento, um aumento de 6 pontos percentuais.

A campanha de Trump não quis comentar, mas o candidato vem argumentando de forma reiterada que pode conquistar o voto latino, em parte porque suas empresas deram emprego a milhares de hispânicos.

Grande parte do establishment do Partido Republicano cerrou as fileiras de Marco Rubio, senador da Flórida e cubano-norte-americano de primeira geração.

Rubio, porém, está 15 pontos atrás de Trump em seu próprio berço político e pode ser obrigado a abandonar a corrida se o ex-apresentador de reality show o derrotar.

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