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Relatório holandês revela que EI ensina crianças a matar

Segundo o relatório, quando completam 13 anos, os meninos são levados ao front e as meninas, por sua vez, são obrigas pelo grupo terrorista a se casar

Menino visto em vídeo do EI: nas zonas da Síria e do Iraque controladas pelo Estado Islâmico as mulheres têm como primeira incumbência ter filhos (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 10h10.

Bruxelas - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) dá instruções a meninos a partir dos 9 anos sobre como executar uma pessoa e usar armas e os obriga a assistir as execuções públicas, de acordo com um relatório do serviço secreto holandês, o AIVD, divulgado nesta quarta-feira pelo seu diretor-geral, Rob Bertholee, à rede de TV "Nos".

Segundo o relatório, quando completam 13 anos, esses meninos são levados ao front. As meninas, por sua vez, são obrigas pelo grupo terrorista a se casar muito jovens e a partir dos 9 anos precisam andar totalmente cobertas.

No estudo, a AIVD destaca que nas zonas da Síria e do Iraque controladas pelo Estado Islâmico as mulheres têm como primeira incumbência ter filhos, embora as instalações médicas sejam extremamente precárias.

Como segunda obrigação elas devem recrutar pessoas para a causa jihadista.

"Provavelmente as crianças não crescerão muito. Se sobrevivem, terão mudado bastante ao ter visto tantas coisas. A propaganda do Daesh (iniciais em árabe do nome do grupo al-Dawla al-Islamiya fi Iraq wa'al Sham) pinta uma vida idílica em seus territórios que não é coerente com a realidade", informou a AIVD, cujo relatório concluiu que as condições de vida são "deploráveis" nestas zonas, onde há uma grande desconfiança entre os cidadãos.

A vida destas crianças é rodeada de morte e do medo constante de bombardeios.

O texto ressalta ainda que pelo menos 70 crianças holandesas vivem em territórios da Síria e do Iraque controlados por jihadistas, principalmente pelo EI.

De acordo com a AIVD, apesar de a maior parte ter ido para essas regiões junto com os pais, cerca de 20 delas já nasceram na Síria ou no Iraque.

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Segundo o relatório, quando completam 13 anos, esses meninos são levados ao front. As meninas, por sua vez, são obrigas pelo grupo terrorista a se casar muito jovens e a partir dos 9 anos precisam andar totalmente cobertas.

No estudo, a AIVD destaca que nas zonas da Síria e do Iraque controladas pelo Estado Islâmico as mulheres têm como primeira incumbência ter filhos, embora as instalações médicas sejam extremamente precárias.

Como segunda obrigação elas devem recrutar pessoas para a causa jihadista.

"Provavelmente as crianças não crescerão muito. Se sobrevivem, terão mudado bastante ao ter visto tantas coisas. A propaganda do Daesh (iniciais em árabe do nome do grupo al-Dawla al-Islamiya fi Iraq wa'al Sham) pinta uma vida idílica em seus territórios que não é coerente com a realidade", informou a AIVD, cujo relatório concluiu que as condições de vida são "deploráveis" nestas zonas, onde há uma grande desconfiança entre os cidadãos.

A vida destas crianças é rodeada de morte e do medo constante de bombardeios.

O texto ressalta ainda que pelo menos 70 crianças holandesas vivem em territórios da Síria e do Iraque controlados por jihadistas, principalmente pelo EI.

De acordo com a AIVD, apesar de a maior parte ter ido para essas regiões junto com os pais, cerca de 20 delas já nasceram na Síria ou no Iraque.

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