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Relatório acusa regime sírio de massacre; veja fotos

Estudo produzido por especialistas forenses encontrou evidências de que milhares de presos foram torturados e executados


	Conflito na Síria: segundo a oposição, mais de 1.300 pessoas, dentre elas muitas crianças, morreram após ataque com armas químicas.
 (REUTERS/Bassam Khabieh)

Conflito na Síria: segundo a oposição, mais de 1.300 pessoas, dentre elas muitas crianças, morreram após ataque com armas químicas. (REUTERS/Bassam Khabieh)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 11h29.

São Paulo - Um relatório confidencial trouxe fotos e evidências de que o regime de Bashar al-Assad na Síria torturou e massacrou milhares de presos – possivelmente presos políticos e rebeldes.

O material, de 31 páginas, foi divulgado hoje (21) pelo jornal inglês The Guardian e pelo canal de televisão americano CNN.

Um time de especialistas forenses recebeu mais de 55 mil fotos de 11 mil presos mortos e preparou uma análise.

As fotos foram dadas por uma fonte anônima, que se diz ex-fotógrafo da polícia militar síria. Ele disse que tirava, em média, 50 fotos de corpos por dia.

Há sinais claros de tortura e execução, o que provaria que Assad cometeu crimes de guerra. As evidências poderiam ser usadas em um tribunal internacional para julgar o governo sírio.

Segundo o relatório, há "claras evidências, que podem ser usadas em um tribunal ou corte de justiça, de que essas pessoas foram sistematicamente torturadas e mortas por agentes do governo sírio. Essas evidências darão suporte a acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade".

As imagens podem ser vistas no relatório oficial, aquiAtenção: as imagens são fortes.

A maioria das vítimas são homens, entre 20 e 40 anos.

As fotos mostram que os presos passaram longos períodos de fome e foram espancados, eletrocutados e estrangulados, além de outras formas de tortura e violência.

Segundo a fonte anônima dos especialistas, às famílias, posteriormente, era dito que o preso tinha morrido de "ataque do coração" ou por "problemas de respiração".

Os corpos eram transportados da cadeia para o hospital militar, onde eram documentados para parecer que tinham morrido ali. Depois, eram levados para uma área rural, onde eram enterrados.

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