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Rei da Jordânia nomeia novo premiê após dissolver parlamento

Abdullah II dissolveu o parlamento na última quinta-feira, dois anos antes do fim de seu mandato, e convocou eleições antecipadas


	O rei Abdullah II da Jordânia: a decisão de convocar novas eleições buscava reduzir a tensão entre o governo e a oposição islamita, mas causou protestos
 (Yussef Allan/AFP)

O rei Abdullah II da Jordânia: a decisão de convocar novas eleições buscava reduzir a tensão entre o governo e a oposição islamita, mas causou protestos (Yussef Allan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 13h08.

Amã - O rei Abdullah II da Jordânia nomeou nesta quarta-feira o veterano político Abdullah Ensour como novo primeiro-ministro do país, cargo que ficou vago depois de o chefe anterior do governo, Fayez Tarauneh, renunciar após a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas.

Ensour era deputado na câmara baixa, e já havia sido vice-primeiro-ministro e titular das pastas de Relações Exteriores e Informação.

Abdullah II dissolveu o parlamento na última quinta-feira, dois anos antes do fim de seu mandato, e convocou eleições antecipadas, cuja data deverá ser fixada pela Autoridade Eleitoral Independente, de recente formação e que supervisionará o pleito pela primeira vez na história do país.

Uma recente emenda constitucional estabelece que em uma semana após a dissolução do parlamento o rei deve designar um novo governo, que deverá levar o país à realização das eleições legislativas, que devem acontecer no começo do ano que vem.

Segundo fontes políticas consultadas pela Agência Efe, a decisão de convocar novas eleições buscava reduzir a tensão entre o governo e a oposição islamita.

No entanto, apenas um dia depois da dissolução do parlamento, milhares de jordanianos responderam à convocação da Irmandade Muçulmana e se concentraram no centro de Amã para exigir reformas políticas verdadeiras.

Entre as medidas recentemente adotadas como parte do processo de reforma prometido pelo monarca, os manifestantes criticaram com veemência a nova lei eleitoral, que regerá o próximo pleito parlamentar.

Os islamitas anunciaram que vão boicotar as eleições em rejeição à citada lei, que estipula um sistema de votação misto, que permitirá a cada cidadão depositar um voto para seu distrito eleitoral e outro em nível nacional. 

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