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Regime sírio realizou 2.000 ataques em 40 dias

ONG informa que o regime da Síria realizou cerca de 2 mil ataques no país em 40 dias


	Prédios destruídos perto de Damasco, na Síria: regime deveria ser incluído no Guinness Book, diz ONG
 (Reuters/Omar Sanadiki)

Prédios destruídos perto de Damasco, na Síria: regime deveria ser incluído no Guinness Book, diz ONG (Reuters/Omar Sanadiki)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 13h56.

Beirute - Uma ONG síria informou nesta sexta-feira que o regime sírio de Bashar al-Assad deveria ser incluído no Guinness Book por ter realizado cerca de 2.000 ataques contra seu povo em 40 dias, denunciando um "crime de guerra", que matou mais de 500 civis.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) mencionou, em um comunicado, o Guinness Book depois de este ter aprovado esta semana o recorde de maior talk show do mundo, com 70 horas de transmissão sem costura pela televisão estatal de Damasco.

O regime sírio deveria "ser incluído no Guinness Book por ter realizado cerca de 2.000 ataques aéreos contra o seu povo nos últimos 40 dias", ressaltou a ONG que se baseia em uma ampla rede de ativistas e médicos no país devastado pela guerra desde março de 2011.

"Desde o aparecimento dos primeiros caças, nenhum regime na história utilizou tantos aviões de guerra contra seu povo", observou o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman.

A ONG informa que 527 civis foram mortos e 2.000 outros feridos nesses ataques em 12 das 14 províncias do país. "Desde o início, milhões de pessoas fugiram de suas casas por causa dos ataques", disse Abdel Rahman.

Na quarta-feira, os ataques contra Raqa, reduto do grupo jihadista Estado Islâmico no norte do país, causou a morte de 95 pessoas.

A Força Aérea da Síria possui atualmente 275 aeronaves de fabricação russa, depois de perder 87 durante o ano, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais com sede em Washington.

Iniciada por manifestações pacíficas violentamente reprimidas, a revolta síria se militarizou passando de armas de pequeno porte a artilharia e tanques antes de o regime adotar helicópteros e aviões de combate a partir de 2012.

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