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Regime sírio quer que terrorismo seja 1º assunto de reunião

A conselheira de presidente sírio disse que a delegação do regime defende que o terrorismo deve ser o primeiro assunto a ser discutido nas negociações


	Bashar al-Assad concede entrevista: "o primeiro ponto do Comunicado de Genebra é parar a violência, que derivou em terrorismo", disse conselheira de Assad
 (Joseph Eid/AFP)

Bashar al-Assad concede entrevista: "o primeiro ponto do Comunicado de Genebra é parar a violência, que derivou em terrorismo", disse conselheira de Assad (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 11h52.

Genebra - A conselheira de presidente sírio Bashar al-Assad, Buzaina Shabaan, afirmou nesta quarta-feira que a delegação do regime está disposta a abordar todos os pontos do "Comunicado de Genebra", mas que o terrorismo deve ser o primeiro assunto a ser discutido nas negociações de paz.

"O primeiro ponto do Comunicado de Genebra é parar a violência, que derivou em terrorismo", disse Shabaan ao término da rodada de conversas realiza nesta manhã entre as delegações do governo, oposição e do mediador Lakhdar Brahimi.

A conselheira disse que sua delegação está disposta "a discutir ponto por ponto" todo o conteúdo do comunicado, mas insistiu que o primeiro ponto que se estabelece é o "fim da violência".

Outra proposta do "Comunicado de Genebra" é a formação de um governo transitório na Síria.

"A oposição quer pular diretamente ao ponto do órgão transitório porque a única coisa que querem é estar no governo", criticou a conselheira de Bashar al-Assad.

Para Shabaan, a reunião desta manhã "foi positiva" porque finalmente se falou de terrorismo, embora tenha acusado a oposição de estar apenas "interessada em falar da criação do órgão de governo transitório",

"O primeiro que devemos fazer é parar a violência e o terrorismo antes de lançar um processo político", reiterou.


Segundo a conselheira do presidente sírio, a oposição está tentando "confundir" o povo sobre o conteúdo do Comunicado de Genebra, dando a entender que o documento só estabelece a criação desse órgão.

"Só estão interessados em conseguir um status de poder. Nós estamos interessados é em parar esta terrível tragédia que nossa gente está sofrendo em toda Síria", acrescentou.

A representante do governo também ressaltou que a delegação da oposição deveria incluir mais grupos, algo que, segundo ela, é rejeitado pela Coalizão Nacional Síria (CNFROS), aliança opositora presente em Genebra.

"Só representam uma pequena fração da oposição. Muitos deles estão há anos sem pisar na Síria", afirmou.

Já o porta-voz da delegação que representa a oposição síria, Louay Safi, afirmou que as negociações de paz para a Síria deram hoje um "passo adiante positivo".

Hoje foi o primeiro dia que começamos a falar da criação de um órgão de governo transitório", afirmou Safi.

O porta-voz antecipou que as discussões continuarão nesta tarde, mas com as duas partes conversando separadamente com Brahimi.

Safi afirmou que a delegação do regime "parecia hoje mais preparada" para discutir os pontos do Comunicado de Genebra, que entre outras coisas, estabelece a criação desse órgão transitório. 

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