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Rebeldes sírios atacam fronteira e põem fim a acordo de paz

Tropas enfrentaram nesta sexta-feira o Exército sírio em Qamishli, na fronteira leste da Síria, disse um grupo opositor ao presidente sírio, Bashar al-Assad

Qamishli: A cidade, atacada pelos rebeldes, possui cerca de 200.000 habitantes e abriga milhares de sírios que fugiram da guerra em outras partes do país, segundo o Observatório. (Bertramz/Wikimedia Commons)

Qamishli: A cidade, atacada pelos rebeldes, possui cerca de 200.000 habitantes e abriga milhares de sírios que fugiram da guerra em outras partes do país, segundo o Observatório. (Bertramz/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 16h38.

Beirute - Tropas rebeldes enfrentaram nesta sexta-feira o Exército sírio em Qamishli, na fronteira leste da Síria, disse um grupo opositor ao presidente sírio, Bashar al-Assad, pondo fim a uma trégua de facto em uma zona de maioria cristã e curda.

Qamishli, na fronteira com a Turquia e perto do Iraque, tem estado relativamente em paz durante o levante de dois anos contra Assad, já que os curdos da área fizeram um acordo com os rebeldes, na maioria árabes, para evitar confrontos dentro dos limites da cidade, afirmou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Vídeos publicados nesta sexta-feira na Internet mostraram dezenas de rebeldes em caminhonetes preparando um ataque contra o aeroporto nacional de Qamishli e uma nuvem de fumaça saindo das instalações do terminal.

A cidade, de cerca de 200.000 habitantes, também abriga milhares de sírios que fugiram da guerra em outras partes do país, segundo o Observatório. Os moradores devem agora esperar e ver se Assad retaliará os ataques rebeldes usando aviões de guerra, como tem feito em outras grandes cidades.

O Observatório afirmou que o avanço inclui rebeldes do Exército Sírio Livre e do grupo islâmico de linha-dura Frente al-Nusra, que no passado enfrentou cristãos e curdos que a oposição tentou convencer a abandonar Assad.

"Não estamos certos porque estão atacando hoje (sexta-feira)", disse o líder do Observatório, Rami Abdelrahman. "Talvez o acordo tenha se rompido", disse ele, acrescentando que o governo e as milícias curdas controlam diferentes áreas de Qamishli.

Mais de 70.000 pessoas morreram na guerra civil síria até agora, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Março foi o mês mais sangrento do conflito, com mais de 6.000 mortos, um terço deles civis, de acordo com o Observatório.

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