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Rebeldes intensificam ataques em Mianmar; Tailândia reforça segurança na fronteira

País enfrenta diversas crises desde 2021, quando um golpe militar tirou um governo civil eleito do poder

Tailândia diz ter capacidade para receber até 100 mil pessoas de Mianmar

Tailândia diz ter capacidade para receber até 100 mil pessoas de Mianmar

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 11 de abril de 2024 às 08h49.

Cerca de 200 militares de Mianmar se retiraram para uma passagem de fronteira dá acesso à Tailândia nesta quinta-feira após um ataque da resistência contra a Junta Militar que governa o país. O grupo declarou ter conquistado o controle da cidade fronteiriça de Myawaddy, a mais recente de uma série de vitórias rebeldes.

Segundo a Reuters,  governo militar de Mianmar está lutando contra insurgências em várias frentes e sofreu uma série de derrotas em áreas de fronteira desde outubro passado, quando grupos rebeldes lançaram uma ofensiva perto da fronteira com a China.

A nação do Sudeste Asiático tem enfrentado sucessivas crises depois que os militares depuseram em 2021 um governo civil eleito, desencadeando uma resistência armada em todo o país.

A retirada das tropas da junta em Myawaddy, próxima da cidade tailandesa de Mae Sot, sinaliza a possível perda de outro importante posto de comércio na fronteira, com acesso direto por rodovia a partes da região central de Mianmar.

Ataques e deslocamentos

A ofensiva contra Myawaddy começou na semana passada depois que o principal grupo rebelde disse ter atacado um acampamento da junta militar perto da cidade, forçando cerca de 500 membros da equipe de segurança a se renderem, juntamente com suas famílias.

Os militares já perderam o controle de áreas ao longo das fronteiras com Bangladesh, China e Índia, além de sofrerem uma perda significativa de mão de obra.

Famílias com crianças estavam entre as longas filas em uma passagem de fronteira perto de Mae Sot na quinta-feira, enquanto os soldados tailandeses verificavam as malas e os pertences daqueles que estavam por lá. As forças armadas da Tailândia intensificaram a segurança em seu lado da fronteira.

O primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, que anteriormente disse à Reuters que a junta de Mianmar estava "perdendo força", disse nesta quinta-feira que os recentes combates não deveriam se espalhar pelo espaço aéreo de seu país.

A Tailândia permanece neutra no conflito de Mianmar e é capaz de aceitar até 100.000 pessoas deslocadas pelo conflito, falou seu chanceler.

Pelo menos 2.000 pessoas foram deslocadas dentro de Mianmar em razão dos últimos confrontos entre rebeldes e militares, de acordo com o grupo civil Karen Peace Support Network.

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