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Radiação aumentou em até 16 vezes após explosão em teste de míssil russo

Embora detalhes do tipo da arma tenham sido mantidos em segredo, alguns veículos de imprensa sugeriram que trata-se de um míssil dotado de propulsão nuclear

Putin: presidente apresentou este míssil da mesma forma que outras armas do novo arsenal estratégico do país (Mikhail Klimentyev/Kremlin/Sputnik/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 08h53.

Última atualização em 13 de agosto de 2019 às 14h45.

Moscou — Os níveis de radiação na cidade de Severodvinsk, norte da Rússia , aumentaram entre 4 e 16 vezes após a explosão durante o teste de um míssil de cruzeiro com uma fonte isotópica de alimentação, informou nesta terça-feira (13), o Serviço Meteorológico da Rússia em comunicado divulgado no site.

"Às 12h de Moscou (6h, em Brasília) de 8 de agosto de 2019 em seis de oito pontos de Severodvinsk foi registrado um aumento da dose de radiação gama de entre 4 e 16 vezes em comparação com o nível habitual para este território", afirma o comunicado oficial.

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No acidente, morreram cinco engenheiros da Rosatom, a agência atômica da Rússia, que trabalhavam no projeto.

Embora os detalhes do acidente e o tipo da arma tenham sido mantidos em segredo, alguns veículos de imprensa sugeriram que trata-se do míssil de cruzeiro Burevestnik (Albatroz), dotado de propulsão nuclear.

Ao mesmo tempo, uma fonte da indústria militar negou que o acidente tenha ocorrido com um Burevestnik e afirmou em declarações ao jornal "Nezavisimaya Gazeta" que os testes dessa arma acabaram com sucesso há meio ano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin , apresentou este míssil, da mesma forma que outras armas do novo arsenal estratégico do país durante seu discurso sobre o estado da nação em março de 2018.

No dia da explosão, as autoridades de Severodvinsk admitiram um aumento da radiação na zona, mas sublinharam que foi temporária.

Segundo uma nota da Câmara Municipal, duas horas depois de registro de tal aumento, o nível da radiação era de "0,11 microsievert por hora com um máximo permitido de 0,60 microsievert".

A organização ambientalista Greenpeace pediu às autoridades russas que investiguem o aumento da radiação e indicou que, após a explosão, esta foi "20 vezes maiores do que a norma".

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