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Quatro militares deixam postos na fronteira entre Venezuela e Colômbia

Militares faziam o bloqueio da região e se renderam a um grupo civil que tentava atravessar a fronteira

Venezuela: quatro membros da guarda militar do país, abandonaram seus postos na fronteira do país com a Colômbia (Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 11h28.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2019 às 13h56.

Cúcuta - Quatro militares venezuelanos deixaram seus postos neste sábado. Autoridades colombianas disseram que três membros da Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (FANB), guarda militar do país, abandonaram seus postos na fronteira do país com a Colômbia. Os militares faziam o bloqueio da região e se renderam a um grupo civil que tentava atravessar a fronteira. A FANB não se pronunciou sobre o assunto.

Durante a ação, uma mulher que estava perto da fronteira ficou ferida, segundo informou um oficial do serviço de migração da Colômbia.

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O serviço de migração da Colômbia também informou que um sargento da Guarda desertou depois de atravessar outra ponte que liga Cúcuta à Venezuela.

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, ordenou o fechamento da estrada para a ponte Simon Bolivar, que liga o país à Colômbia. Tropas de choque do governo impedem a passagem de civis pela região. Neste sábado, membros da oposição venezuelana lideram uma operação de entrega de cerca de 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos à população, após Maduro recusar a entrada de ajuda humanitária.

Há pouco, houve conflito na cidade fronteiriça de Ureña entre militares e civis, onde está prevista a entrada de assistência humanitária pela oposição ao governo Maduro. Moradores montaram uma barricada entre a ponte que liga a Colômbia e a Venezuela, para impedir o bloqueio da Força Nacional. Soldados reagiram com gás lacrimogêneo.

O governo da Venezuela informou nesta sexta-feira que fechou “totalmente” a fronteira com a Colômbia diante das supostas “ameaças” contra sua soberania que surgem do país vizinho, e de onde a oposição esperava ingressar com doações de vários países que estão armazenadas na cidade de Cúcuta.

Antes, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, já havia ordenado o fechamento de comunicações com as ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçao – todos territórios da Holanda – e da fronteira com o Brasil, onde também estão as ajudas para os venezuelanos.

No Brasil, María Teresa Belandria, a representante designada pelo presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, garantiu que os veículos com ajuda humanitária passarão pela fronteira, fechada desde quinta-feira.

“Hoje podemos dizer que vamos passar por esta fronteira e que nosso país está muito próximo” de conseguir a “entrada desta primeira remessa de ajuda humanitária”, disse Belandria em entrevista coletiva na cidade de Pacaraima (RR), situada na fronteira entre os dois países.

A ajuda humanitária foi solicitada por Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela em janeiro e foi reconhecido por cerca de 50 países, entre eles os Estados Unidos e o Brasil.

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