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Putin sanciona lei que o permite escolher governadores

Lei permite que cada uma das 83 regiões do país revoguem eleições diretas dos governadores

Vladimir Putin: presidente russo disse que a lei é necessária para proteger os direitos das minorias em regiões etnicamente mistas, como nas províncias de maioria muçulmana do Cáucaso do Norte. (Natalia Kolesnikova/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 16h59.

Moscou - O presidente russo , Vladimir Putin, sancionou uma lei nesta terça-feira que o permite escolher candidatos para liderar regiões da Rússia se os legisladores locais descartarem eleições populares, no que os críticos chamaram de revés para a democracia no novo mandato do líder russo.

A lei permite que cada uma das 83 regiões do país revoguem eleições diretas dos governadores, introduzidas no ano passado em uma concessão durante uma onda de protestos por russos cansados da dominância de Putin e exigindo uma voz política mais forte.

Putin disse que a lei é necessária para proteger os direitos das minorias em regiões etnicamente mistas, como nas províncias de maioria muçulmana do Cáucaso do Norte.

O Kremlin está preocupado que eleições diretas nas regiões voláteis possam provocar distúrbios ou envolver candidatos cuja lealdade está em questão. A Rússia sediará as Olimpíadas de Inverno em fevereiro, em Sochi, perto das províncias do Cáucaso do Norte.

Mas os críticos do presidente dizem que a lei é um retrocesso na democracia que favorece o partido governista Rússia Unida, que é bem menos popular do que o próprio Putin e teve sua maioria parlamentar drasticamente reduzida em uma eleição em dezembro de 2011.

Eles temem que o Kremlin e a Rússia Unida vão usar a medida para afastar os candidatos da oposição em favor de governadores leais.

"É mais uma alavanca para gerenciar tudo a partir de Moscou", disse Boris Nemtsov, um destacado líder da oposição e ex-ministro na década de 1990 sob o antecessor de Putin, Boris Yeltsin.

Segundo as novas regras, cada legislador regional pode votar por abandonar eleições diretas, escolhendo seu governador a partir de uma lista de três candidatos proferida por Putin.

Putin, no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 2000, cancelou eleições populares de governadores regionais em 2004, como parte de um esforço para apertar o controle sobre o sistema político. As eleições foram retomadas no ano passado após protestos.

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A lei permite que cada uma das 83 regiões do país revoguem eleições diretas dos governadores, introduzidas no ano passado em uma concessão durante uma onda de protestos por russos cansados da dominância de Putin e exigindo uma voz política mais forte.

Putin disse que a lei é necessária para proteger os direitos das minorias em regiões etnicamente mistas, como nas províncias de maioria muçulmana do Cáucaso do Norte.

O Kremlin está preocupado que eleições diretas nas regiões voláteis possam provocar distúrbios ou envolver candidatos cuja lealdade está em questão. A Rússia sediará as Olimpíadas de Inverno em fevereiro, em Sochi, perto das províncias do Cáucaso do Norte.

Mas os críticos do presidente dizem que a lei é um retrocesso na democracia que favorece o partido governista Rússia Unida, que é bem menos popular do que o próprio Putin e teve sua maioria parlamentar drasticamente reduzida em uma eleição em dezembro de 2011.

Eles temem que o Kremlin e a Rússia Unida vão usar a medida para afastar os candidatos da oposição em favor de governadores leais.

"É mais uma alavanca para gerenciar tudo a partir de Moscou", disse Boris Nemtsov, um destacado líder da oposição e ex-ministro na década de 1990 sob o antecessor de Putin, Boris Yeltsin.

Segundo as novas regras, cada legislador regional pode votar por abandonar eleições diretas, escolhendo seu governador a partir de uma lista de três candidatos proferida por Putin.

Putin, no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 2000, cancelou eleições populares de governadores regionais em 2004, como parte de um esforço para apertar o controle sobre o sistema político. As eleições foram retomadas no ano passado após protestos.

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