Putin pede educação mais patriótica para juventude russa
Rússia quer que a educação seja mais patriótica para preservar a juventude de influências estrangeiras, segundo o presidente russo, Vladimir Putin
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2014 às 10h25.
Moscou - A Rússia quer que a educação seja mais patriótica e deseja dar prioridade aos cursos de culinária local frente aos de Feng Shui ou de ioga para preservar de influências estrangeiras a juventude, alvo de uma batalha ideológica mundial, segundo Vladimir Putin .
"É preciso seguir melhorando o programa público em matéria de educação patriótica", declarou o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião governamental na quinta-feira, segundo uma transcrição oficial.
"Está sendo travada uma dura batalha no mundo para (ganhar) os corações e as mentes, mediante a influência de ideologias e de informações", afirmou o presidente.
"Precisamos de um trabalho constante, sistemático que possa defender (nosso) país, nossos jovens destes riscos, que ajude a consolidar a solidariedade civil e a harmonia entre as nacionalidades", acrescentou.
O ministro da Cultura, Vladimir Medinski, apresentou na reunião a nova política cultural da Rússia e sobretudo as mudanças que a mesma representará na educação dos jovens.
"Agora cada vez estudamos mais línguas estrangeiras, o que certamente é bom, mas isso não deveria ser feito em detrimento da aprendizagem do russo, de nossa literatura, de nossa histórica comum", anunciou Medinski.
"É melhor não apoiar os cursos de Hatha Yoga e de Feng Shui, e sim os de tecnologias tradicionais, como os esportes de combate nacionais e os de culinária" local, acrescentou.
O ministro também criticou as políticas "fora de moda" de tolerância e de multiculturalismo europeias que, segundo ele, fracassaram completamente na Europa.
A elaboração de uma nova política cultural se baseia na tese de que a Rússia não é a Europa e em muitas citações dos discursos de Putin.
Defensor do patriotismo russo, o presidente multiplica os ataques aos valores ocidentais desde o início da crise na Ucrânia.