Putin corteja Geórgia e acusa Ocidente de contenção
Presidente afirmou que as críticas aos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi são parte do esforço de "contenção" no estilo da Guerra Fria
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 20h07.
Sochi - O presidente da Rússia , Vladimir Putin , acenou nesta segunda-feira com a perspectiva de melhores relações com a Geórgia, inimiga de guerra em 2008, mas usou termos duros ao se referir ao Ocidente, dizendo que as críticas aos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi são parte do esforço de "contenção" no estilo da Guerra Fria.
Putin aproveitou um encontro televisionado em Sochi para cortejar a Geórgia, que está tentando equilibrar políticas pró-Ocidente com uma atitude de aproximação, embora cautelosa, em relação a Moscou, e também para desqualificar críticas ocidentais aos Jogos, tachando-as de tentativa, condenada ao fracasso, de deixar a Rússia para trás.
"As Olimpíadas estão tendo um papel positivo" nas relações entre as duas ex-repúblicas soviéticas, disse Putin, enfatizando acreditar que os voos estabelecidos para ligar Sochi à capital da Geórgia, Tbilisi, devem continuar após os Jogos.
Ele indicou haver perspectiva das primeiras conversações diretas com o presidente da Geórgia desde a guerra de cinco dias em 2008, ao dizer: "Se ele quiser, por que não?".
A Geórgia chegou a considerar a possibilidade de boicotar os Jogos, mas acabou enviando atletas e membros de seu Comitê Olímpico, parte de uma tentativa de degelo desde que o ex-presidente Mikheil Saakashvili perdeu o controle do Parlamento em 2012.
A Rússia culpou Saakashvili, aliado dos EUA, pela guerra e depois do conflito reconheceu as regiões separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia como Estados independentes.
As relações permanecem tensas. A Geórgia se irritou quando a Rússia, citando preocupações com a segurança nos Jogos, mudou no mês passado seu postos de fronteira 11 quilômetros mais para o interior da Abkházia, cujas fronteiras ficam a apenas alguns quilômetros do principal local da competição.
Mas o presidente georgiano, Georgy Margvelashvili, indicou que poderia se reunir com Putin, dizendo que seu governo iria "analisar o comentário do presidente da Rússia muito seriamente" e manter consultas dentro da Geórgia e com países ocidentais.
A estratégica localização da Geórgia e o seu papel como Estado de trânsito para a distribuição de energia à Europa a torna alvo de competição entre a Rússia e o Ocidente.
Sochi - O presidente da Rússia , Vladimir Putin , acenou nesta segunda-feira com a perspectiva de melhores relações com a Geórgia, inimiga de guerra em 2008, mas usou termos duros ao se referir ao Ocidente, dizendo que as críticas aos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi são parte do esforço de "contenção" no estilo da Guerra Fria.
Putin aproveitou um encontro televisionado em Sochi para cortejar a Geórgia, que está tentando equilibrar políticas pró-Ocidente com uma atitude de aproximação, embora cautelosa, em relação a Moscou, e também para desqualificar críticas ocidentais aos Jogos, tachando-as de tentativa, condenada ao fracasso, de deixar a Rússia para trás.
"As Olimpíadas estão tendo um papel positivo" nas relações entre as duas ex-repúblicas soviéticas, disse Putin, enfatizando acreditar que os voos estabelecidos para ligar Sochi à capital da Geórgia, Tbilisi, devem continuar após os Jogos.
Ele indicou haver perspectiva das primeiras conversações diretas com o presidente da Geórgia desde a guerra de cinco dias em 2008, ao dizer: "Se ele quiser, por que não?".
A Geórgia chegou a considerar a possibilidade de boicotar os Jogos, mas acabou enviando atletas e membros de seu Comitê Olímpico, parte de uma tentativa de degelo desde que o ex-presidente Mikheil Saakashvili perdeu o controle do Parlamento em 2012.
A Rússia culpou Saakashvili, aliado dos EUA, pela guerra e depois do conflito reconheceu as regiões separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia como Estados independentes.
As relações permanecem tensas. A Geórgia se irritou quando a Rússia, citando preocupações com a segurança nos Jogos, mudou no mês passado seu postos de fronteira 11 quilômetros mais para o interior da Abkházia, cujas fronteiras ficam a apenas alguns quilômetros do principal local da competição.
Mas o presidente georgiano, Georgy Margvelashvili, indicou que poderia se reunir com Putin, dizendo que seu governo iria "analisar o comentário do presidente da Rússia muito seriamente" e manter consultas dentro da Geórgia e com países ocidentais.
A estratégica localização da Geórgia e o seu papel como Estado de trânsito para a distribuição de energia à Europa a torna alvo de competição entre a Rússia e o Ocidente.