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Putin afirma que pode empregar "meios adicionais" na Síria

O presidente da Rússia disse que, se for preciso, irá utilizar todo o armamento russo contra os sírios


	Putin: "Suas ações e planos (dos terroristas) representam uma ameaça direta também para nosso país"
 (Alexei Druzhinin/AFP)

Putin: "Suas ações e planos (dos terroristas) representam uma ameaça direta também para nosso país" (Alexei Druzhinin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2015 às 13h29.

Moscou -- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado que as forças armadas russas utilizam na Síria o armamento mais avançado que possuem e que, caso seja necessário, empregarão "meios adicionais".

"Não empregamos ali (na Síria) tudo o que temos. Contamos com meios adicionais. Se for necessário os utilizaremos", disse Putin no Palácio do Kremlin, em uma noite solene por ocasião da festa de final de ano dos funcionários dos órgãos de segurança do Estado.

Após destacar a coordenação dos distintos braços das forças armadas russas na campanha de bombardeios na Síria, Putin assinalou que "os terroristas declararam abertamente guerra à civilização, a toda a comunidade mundial".

"Suas ações e planos (dos terroristas) representam uma ameaça direta também para nosso país", ressaltou o presidente russo, segundo as agências locais.

O chefe do Kremlin lembrou que amanhã se completa o 95º aniversário da fundação do Serviço de Espionagem Exterior, cuja missão - segundo disse - é detectar as ameaças exteriores.

"É muito importante detectar rapidamente ameaças exteriores à segurança da Rússia, proporcionar informação analítica exaustiva e informar oportunamente sobre o andamento e o possível desenvolvimento dos conflitos regionais", comentou.

O presidente russo louvou o trabalho do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB), que permitiu este ano "frustrar mais de 30 delitos de terrorismo".

Por fim, Putin, antigo agente da KGB soviética e ex-diretor do FSB, ressaltou a importância do trabalho das agências de contraespionagem perante o aumento das atividades de serviços de inteligência estrangeiros no país.

"Este ano (os serviços de contraespionagem) detectaram mais de 320 agentes de serviços especiais estrangeiros", disse.

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