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Pussy Riots querem lutar por direitos humanos na Rússia

As duas jovens do grupo punk russo Pussy Riot mostraram determinação em lutar pelos direitos humanos na Rússia

Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda "Pussy Riot", atrás das grades: tiraremos Putin por todos os meios possíveis, dizem (Maksim Blinov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 13h59.

Krasnoiarsk - As duas jovens do grupo punk russo Pussy Riot mostraram nesta terça-feira sua determinação em lutar pelos direitos humanos na Rússia , especialmente os dos presos, ao se reencontrarem um dia após sua libertação pelas autoridades russas.

Depois de abandonar na manhã de segunda-feira o campo de detenção de Nizhni Novgorod, Maria Alyokhina, de 25 anos, chegou de trem a Moscou para pegar o avião em direção a Krasnoiarks, na Sibéria Oriental, onde era esperada por Nadezhda Tolokonnikova, de 24 anos, que deixou na tarde de segunda-feira o hospital penitenciário onde cumpria sua pena.

Em seu reencontro no aeroporto, as duas mulheres se abraçaram e começaram a caminhar de mãos dadas, constatou um jornalista da AFP.

As duas integrantes do grupo "vão passar dois dias em Krasnoiarsk. Aqui estudarão o projeto de defesa dos direitos humanos do qaul falaram ontem após sua libertação", declarou Piotr Verzilov, marido de Tolokonnikova, em declarações à agência Interfax.

Por sua vez, o fotógrafo "free-lance" Denis Siniakov, velho amigo de ambas, detido no fim de setembro em um barco do Greenpeace após uma ação no Ártico, viajou à cidade siberaniana onde se encontrou com as duas jovens, segundo fotografias publicadas no Twitter.

Siniakov indicou que as duas mulheres irão a Moscou na quinta-feira.

"As jovens darão uma coletiva de imprensa na sexta-feira na capital. Mais tarde dirão onde irá ocorrer", declarou o fotógrafo à Interfax.


Uma advogada das Pussy Riot confirmou à AFP a realização da coletiva de imprensa.

As duas jovens, detidas em março de 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, cumpriam uma pena de dois anos de detenção depois de cantarem uma oração punk contra o presidente russo, Vladimir Putin. Sua condenação a dois anos seria completada em março de 2014.

No entanto, as mulheres foram colocadas em liberdade em aplicação da lei de anistia aprovada pelo Parlamento russo na semana passada. O fotógrafo detido em uma ação do Greenpeace acusado de vandalismo também se beneficiou desta anistia.

Ao sair dos centros de detenção, as mulheres pronunciaram palavras muito duras contra o poder russo e anunciaram sua intenção de trabalhar em defesa dos detidos e pela melhoria do sistema penitenciário russo, "uma pequena máquina totalitária", segundo Tolokonnikova.

"Agora, tiraremos Putin por todos os meios possíveis", afirmou esta última em sua conta no Twitter.

"Na última colônia na qual estive detida, tive companheiras que explicaram suas condições de detenção a defensores dos direitos humanos. Eu farei todo o possível para que elas não sofram represálias por isso", declarou Maria Alyokhina no aeroporto.

Tolokonnikova prometeu lutar para mudar a situação na Mordovia, uma região 600 km a leste de Moscou onde ela cumpriu parte de sua pena e onde denunciou anteriormente em uma carta condições de detenção próximas à escravidão.

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Krasnoiarsk - As duas jovens do grupo punk russo Pussy Riot mostraram nesta terça-feira sua determinação em lutar pelos direitos humanos na Rússia , especialmente os dos presos, ao se reencontrarem um dia após sua libertação pelas autoridades russas.

Depois de abandonar na manhã de segunda-feira o campo de detenção de Nizhni Novgorod, Maria Alyokhina, de 25 anos, chegou de trem a Moscou para pegar o avião em direção a Krasnoiarks, na Sibéria Oriental, onde era esperada por Nadezhda Tolokonnikova, de 24 anos, que deixou na tarde de segunda-feira o hospital penitenciário onde cumpria sua pena.

Em seu reencontro no aeroporto, as duas mulheres se abraçaram e começaram a caminhar de mãos dadas, constatou um jornalista da AFP.

As duas integrantes do grupo "vão passar dois dias em Krasnoiarsk. Aqui estudarão o projeto de defesa dos direitos humanos do qaul falaram ontem após sua libertação", declarou Piotr Verzilov, marido de Tolokonnikova, em declarações à agência Interfax.

Por sua vez, o fotógrafo "free-lance" Denis Siniakov, velho amigo de ambas, detido no fim de setembro em um barco do Greenpeace após uma ação no Ártico, viajou à cidade siberaniana onde se encontrou com as duas jovens, segundo fotografias publicadas no Twitter.

Siniakov indicou que as duas mulheres irão a Moscou na quinta-feira.

"As jovens darão uma coletiva de imprensa na sexta-feira na capital. Mais tarde dirão onde irá ocorrer", declarou o fotógrafo à Interfax.


Uma advogada das Pussy Riot confirmou à AFP a realização da coletiva de imprensa.

As duas jovens, detidas em março de 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, cumpriam uma pena de dois anos de detenção depois de cantarem uma oração punk contra o presidente russo, Vladimir Putin. Sua condenação a dois anos seria completada em março de 2014.

No entanto, as mulheres foram colocadas em liberdade em aplicação da lei de anistia aprovada pelo Parlamento russo na semana passada. O fotógrafo detido em uma ação do Greenpeace acusado de vandalismo também se beneficiou desta anistia.

Ao sair dos centros de detenção, as mulheres pronunciaram palavras muito duras contra o poder russo e anunciaram sua intenção de trabalhar em defesa dos detidos e pela melhoria do sistema penitenciário russo, "uma pequena máquina totalitária", segundo Tolokonnikova.

"Agora, tiraremos Putin por todos os meios possíveis", afirmou esta última em sua conta no Twitter.

"Na última colônia na qual estive detida, tive companheiras que explicaram suas condições de detenção a defensores dos direitos humanos. Eu farei todo o possível para que elas não sofram represálias por isso", declarou Maria Alyokhina no aeroporto.

Tolokonnikova prometeu lutar para mudar a situação na Mordovia, uma região 600 km a leste de Moscou onde ela cumpriu parte de sua pena e onde denunciou anteriormente em uma carta condições de detenção próximas à escravidão.

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