Promotoria sul-coreana pede 25 anos de prisão para "Rasputina"
A acusação solicitou que o tribunal ordene, ainda, o pagamento de 126,2 bilhões de wons (98 milhões de euros) em conceito de multa e sanção a Choi
EFE
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 09h33.
Seul - A Promotoria sul-coreana pediu nesta quinta-feira 25 anos de prisão para Choi Soon-sil, chamada de "Rasputina" por sua influência sobre a ex-presidente Park Heun-hye, por seu papel no escândalo de corrupção que custou o posto da governante no começo do ano.
A acusação solicitou ao tribunal que cuida do caso que, além disso, ordene o pagamento de 126,2 bilhões de wons (98 milhões de euro) em conceito de multa e sanção a Choi, de 61 anos, que responde a 18 acusações, entre elas abuso de poder, coação e suborno.
Choi foi detida em novembro do ano passado por ser a suposta impulsora de uma trama de corrupção e tráfico de influência através da qual, e sem ostentar cargo público algum, teria intervindo em assuntos de Estados e extorquido fundos de mais de meia centena empresas para se apropriar de parte deles.
Entre estas empresas estão vários "chaebol", os grandes conglomerados controlados na maioria por clãs familiares como LG, Hyundai e Samsung, cujo herdeiro e líder de fato, Lee Jae-yong, foi condenado em agosto a cinco anos de prisão por causa do caso.
Também hoje, a Promotoria da Coreia do Sul pediu quatro anos de prisão para Shin Dong-bin, o presidente de uma das empresas envolvidas no escândalo, o grupo Lotte, que é acusado de ter pago 7 bilhões de wons (5,4 milhões de euros) para subornar Choi, acusações das quais se declarou inocente.
Além disso, a acusação solicitou que sentencie a seis anos de prisão e uma multa de 100 milhões de wons (77,7 mil euros) o ex-colaborador de Park An Chong-bum, acusado de intervir na extorsão ao setor empresarial e receber subornos de um cirurgião plástico local em troca de favores comerciais.
O escândalo da "Rasputina" comoveu a sociedade civil nos últimos meses de 2016, nos quais as manifestações foram quase diárias, e precipitou a primeira destituição de um chefe de Estado sul-coreano democrático, e a antecipação eleitoral na qual foi eleito o liberal Moon Jae-in.
A ex-presidente Park permanece detida desde sua destituição em março deste ano à espera do desenlace de seu julgamento.