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Promotoria alemã solicitará extradição de Puigdemont por rebelião

A Promotoria fará o pedido para a Audiência Territorial, que recusou em abril um pedido de extradição e liberou o líder catalão após pagamento de fiança

Puigdemont: o líder catalão foi liberado em abril após fiança de 75 mil euros (Hannibal Hanschke/Reuters)

Puigdemont: o líder catalão foi liberado em abril após fiança de 75 mil euros (Hannibal Hanschke/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de maio de 2018 às 11h45.

Berlim - A Promotoria de Schleswig-Holstein (norte) solicitará à Audiência Territorial desse "Land" alemão a extradição à Espanha por rebelião do ex-presidente catalão Carles Puigdemont, após examinar os novos documentos apresentados pela justiça espanhola.

Fontes dessa Promotoria informaram nesta terça-feira sobre esse novo pedido que deverá ser estudado agora pelo tribunal, ao qual já solicitou em 9 de maio o ingresso na prisão de Puigdemont, o que foi rejeitado por essa corte.

A Promotoria argumentou então seu pedido de ditar novamente o ingresso em prisão do ex-presidente catalão com os novos documentos facilitados pelas autoridades espanholas, em particular os vídeos "que mostram os atos violentos contra forças policiais espanholas".

"Os distúrbios tinham tal dimensão, que a Promotoria parte da base que é preciso extraditar por rebelião. Segundo a lei alemã, levaria em consideração não só o crime por alta traição, mas também por perturbação da ordem pública", segundo o comunicado emitido hoje.

Por esta razão, a Promotoria considera em seu documento que "é preciso partir da base que segue existindo risco de fuga".

O comunicado acrescenta que a Promotoria está preparando neste momento um documento para pedir a extradição de Puigdemont pelos crimes de rebelião e desvio pelos quais é reivindicado pela Justiça espanhola.

Em declarações à Agência Efe, a promotora-chefe Wiebke Hoffelner, afirmou que "o documento está, por assim dizer, pronto para ser apresentado em breve".

Puigdemont foi detido na Alemanha em 25 de março, após entrar no país pela fronteira com a Dinamarca, em cumprimento a um euro-mandato ditado pelo Supremo Tribunal pelo seu envolvimento na declaração unilateral de independência da Catalunha.

O político ingressou nesse mesmo dia na prisão de Neumünster, em tal estado federado alemão.

Dias depois, a Promotoria respaldou em todos os pontos o pedido de seus colegas espanhóis, que solicitavam sua extradição por rebelião e desvio de fundos, ao mesmo tempo que determinou que seguisse na prisão por existir risco de fuga.

No começo de abril, a Audiência do "Land" desprezou a acusação de rebelião, pediu informações adicionais sobre o de desvio de fundos e decidiu pela libertação de Puigdemont pagando uma fiança de 75 mil euros.

 

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