Mundo

Promotor pede pena mínima de 10 anos de prisão a Pistorius

Declarado culpado por homicídio culposo, Pistorius matou a tiros a namorada, Reeva Steenkamp, em sua casa, em Pretória


	O atleta Oscar Pistorius: defesa reivindicou uma pena de prisão domiciliar combinada com trabalhos sociais, o que evitaria a prisão do atleta
 (REUTERS/Kim Ludbrook/Pool)

O atleta Oscar Pistorius: defesa reivindicou uma pena de prisão domiciliar combinada com trabalhos sociais, o que evitaria a prisão do atleta (REUTERS/Kim Ludbrook/Pool)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 09h14.

Pretória - A Promotoria pediu nesta sexta-feira que o atleta sul-africano Oscar Pistorius seja condenado a uma pena mínima de 10 anos de prisão pelo Tribunal Superior de Pretória.

O pedido foi feito no quinto dia de audiência da sentença, que pode determinar uma sentença suspensa, o que o deixaria em liberdade vigiada, ou pena de até 15 anos de prisão.

Declarado culpado por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar -, Pistorius matou a tiros a namorada, Reeva Steenkamp, em sua casa, em Pretória, na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2013, ao confudí-la com um ladrão que teria invadido a residência.

O promotor do caso, Gerrie Nel, solicitou que a juíza encarregada decrete uma sentença efetiva de 10 anos de prisão e mais suspensão por outros cinco, que Pistorius cumpriria em liberdade vigiada.

Nel enfatizou que, embora Pistorius não pudesse prever que provocaria uma morte, disparou "deliberadamente" a arma, por isso não pode se considerar um mero acidente e deve ser aplicada a pena mais dura contemplada para delitos de homicídio.

A defesa reivindicou uma pena de prisão domiciliar combinada com trabalhos sociais, o que evitaria a prisão do cliente.

Assistentes sociais convocados para compor a defesa também pediram que Pistorius não seja encaminhado à prisão porque as prisões sul-africanas não estariam preparadas para receber pessoas portadores de deficiência como o velocista, que tem as duas pernas amputadas devido a um problema genético.

O promotor declarou que "Pistorius se desenvolveu muito bem na vida" apesar da deficiência e rejeitou que esse seja um motivo para que a prisão seja evitada. Segundo ele, a prisão domiciliar proposta pela defesa é o que Pistorius "já faz todos os dias" na luxuosa mansão em Pretória, na qual vive com sua família.

Em sua argumentação, considerou que não condenar o velocista à uma pena de prisão danificaria gravemente a confiança da sociedade na justiça.

Na hora de condenar o atleta por homicídio, a juíza Thokozile Masipa aceitou a versão de Pistorius, que disse ter disparado ao confundir a namorada com um intruso, e considerou que o acusado não podia prever a morte da pessoa.

Pistorius também foi considerado culpado por uso negligente de armas por disparar acidentalmente uma pistola em um restaurante, crime que também será refletido na sentença. O julgamento do velocista teve início em 3 de março, no Tribunal Superior de Pretória, e teve enorme repercussão no mundo inteiro.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulMortes

Mais de Mundo

Volkswagen fecha acordo com sindicatos para cortar 35 mil postos de trabalho na Alemanha

Pandemia traz lições de como lidar com tarifas de Trump, diz professor de inovação no IMD

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela