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Procurador da Venezuela prevê mais prisões no setor petrolífero

Alerta de Tarek Saab ocorre depois que os principais dirigentes da petroleira PDVSA na região oeste do país foram detidos durante uma grande operação

Tarek Saab, sobre corrupção no setor petroleiro: "haverá prisões aí, sem dúvida" (Marco Bello/Reuters)

Tarek Saab, sobre corrupção no setor petroleiro: "haverá prisões aí, sem dúvida" (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 11h15.

Caracas - O novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, disse que prevê mais prisões devido aos escândalos crescentes de corrupção no setor petrolífero depois que os principais dirigentes da estatal petroleira PDVSA na região oeste do país foram detidos durante uma grande operação ocorrida nesta semana.

Os dois outros casos significativos que ele investiga no setor envolvem o superfaturamento na venda de equipamentos em José, o principal porto de exportação de petróleo do país, e ao menos 200 milhões de dólares de sobrepreço em um caso que implica 10 empresas no Círculo de Orinoco, rico em petróleo.

"Haverá prisões aí, sem dúvida", disse Saab em uma entrevista, acrescentando que os detalhes sobre os projetos específicos ou as joint ventures envolvidas são confidenciais, mas que está interessado em recuperar capital.

"Isto mal começou".

Sediada em Caracas, a PDVSA vem sendo ofuscada por investigações internacionais de corrupção nos últimos anos. A empresa é o motor financeiro do governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mas está sofrendo problemas operacionais debilitantes. A estatal os atribuiu a um pequeno grupo de malfeitores e prometeu uma guerra à corrupção.

A oposição diz que a PDVSA é um ninho de corrupção, e um relatório do ano passado do Congresso disse que a empresa perdeu 11 bilhões de dólares entre 2004 e 2014, quando Rafael Ramírez estava no comando. Ele negou as alegações.

Saab, que assumiu a Procuradoria-Geral no mês passado, prometeu liderar uma "cruzada" contra a corrupção no país.

O advogado e ex-ombudsman de direitos humanos quer se concentrar em particular na indústria petrolífera, fonte de mais de 90 por cento da renda de exportação do país em crise.

Como prova de sua seriedade, Saab indicou a prisão de oito executivos na região tradicional de produção de petróleo próxima da Colômbia nesta semana. Seu escritório os acusa de irregularidades que incluem o contrabando do petróleo venezuelano altamente subsidiado a ilhas do Caribe.

O caso foi desencadeado por queixas no projeto Petrozamora, uma parceria entre a PDVSA e a russa Gazprombank.

A PDVSA não respondeu a pedidos de comentários sobre os casos.

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