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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Washington - Uma ativista, com as mãos pintadas de negro, interrompeu nesta quinta-feira a sabatina a que está sendo submetido o presidente executivo da BP, Tony Hayward, no Congresso americano, aos gritos de que ele deve ir "para a prisão" por sua responsabilidade na mancha de óleo que se espalha pelo Golfo do México.
Hayward havia apenas começado a audiência quando a mulher entrou na sala.
"O senhor precisa ser acusado de crime", lançou contra o presidente do grupo britânico.
A militante, da organização pacifista Codepink, foi retirada da sala pela polícia.
A audiência acontece um dia depois de a empresa ter concordado em criar um fundo de 20 bilhões de dólares de indenização para as vítimas do vazamento de petróleo no Golfo do México.
A empresa anunciou também que suspenderia o pagamento de dividendos aos acionistas e direcionaria o dinheiro para este fundo.
Na quarta-feira, a BP anunciou que um outro sistema para conter o petróleo derramado foi lançado no Golfo do México, com o objetivo de trazer o óleo e o gás à tona para serem queimados na superfície.
Num texto, que será lido diante dos parlamentares, o presidente da BP dirá "entender que as pessoas querem uma resposta simples sobre por quê isso ocorreu e quem é responsável. A verdade, no entanto, é que este é um acidente complexo, causado por uma combinação de falhas sem precedentes".
Analistas afirmam acreditar que as finanças da empresa sejam satisfatórias para resistir às despesas com o vazamento.