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Prisão de Deborah Guerner não foi motivada por Operação Caixa de Pandora

Promotora é investigada pela sua atuação durante a operação do mensalão do Distrito Federal, mas foi presa por suspeitas de crimes em São Paulo

José Roberto Arruda diz que a procuradora Deborah Guerner tentou extorqui-lo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

José Roberto Arruda diz que a procuradora Deborah Guerner tentou extorqui-lo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 18h08.

Brasília – A prisão da promotora Deborah Guerner e do marido dela, Jorge Guerner, nesta quarta-feira (19), não foi motivada pela Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, que investiga o escândalo do pagamento de propina a políticos e empresários do Distrito Federal. Segundo informou a Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), o casal Guerner teve a prisão preventiva decretada por suspeita de formação de quadrilha e falsificação de documentos, delitos que teriam sido praticados em São Paulo.

No Distrito Federal, Deborah Guerner é acusada de extorquir dinheiro do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda para poupá-lo de investigações sobre irregularidades no trato do dinheiro público, como autorizar contratos sem licitação e receber propina. O outro denunciado é o ex-procurador-geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra, que também teria se beneficiado do esquema de corrupção.

Em relação à Caixa de Pandora, uma nova denúncia feita na última sexta-feira (15) pelo procurador Ronaldo Albo afirma que a promotora teria cometido fraude processual ao simular insanidade mental para não ser punida pelos crimes pelos quais responde. O MP afirma que há documentos que comprovam que ela chegou a treinar com um psiquiatra para parecer insana diante das autoridades. A juíza Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ainda vai decidir se aceita a nova acusação contra Guerner.

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